O pai do menino de 11 anos, que morreu após tiro acidental em um assentamento de Sidrolândia, a 64 km de Campo Grande, se apresentou na delegacia nesta quinta-feira (25). Ele estava acompanhado de um advogado e, na ocasião, a mãe da vítima também foi ao local para prestar esclarecimentos.
O homem de 44 anos informou qual era o seu paradeiro neste período e ressaltou que, com a morte do filho, precisou de consolo. “Ele falou que estava abrigado na casa da mãe dele, pois, precisou de consolo. O pai, aparentemente, estava realmente muito abatido. Ele e inclusive testemunhas nos disseram que não havia desavenças na família, mas, sim um bom relacionamento. Com isso, estamos mantendo a hipótese inicial de tiro acidental”, afirmou ao G1 o delegado Diego Dantas, responsável pelas investigações.
O homem chegou no local por volta das 9h30 (de MS). Ele também ressaltou que deve continuar na casa da mãe, em um assentamento na zona rural, até se reestabelecer. “O pai continuou ressaltando que foi um acidente, que aconteceu no momento em que estava manipulando a espingarda. A mãe também foi ouvida como testemunha e contou que ouviu o tiro e presenciou o momento em que o pai saiu correndo, pedindo socorro”, ressaltou Dantas.
O suspeito foi indiciado por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo. “Estamos aguardando o laudo da perícia cadavérico, bem como do local para concluir o inquérito e encaminhar ao Ministério Público”, finalizou o delegado.
Perícia fala em acidente
Logo após os fatos, por volta das 14h (de MS), peritos estiveram no local. A arma foi apreendida e a investigação apontou tiro acidental. Ao ser atingido, o menino morreu na hora.
Entenda o caso
Vicente de Oliveira da Silva, de 10 anos, morreu após ser atingido pelo tiro em um assentamento, na zona rural da cidade. Testemunhas afirmaram que o pai dele é quem fez o disparo, de maneira acidental. Na ocasião, o homem estaria limpando a arma e pretendia vendê-la.
“A perícia esteve no local e apontou que o tiro foi acidental. A mãe está em luto neste momento e ainda não prestou depoimento. O pai, logo após os fatos, não foi mais encontrado e é considerado foragido. Nós precisamos falar com ele e estamos realizando buscas. As outras testemunhas que estavam na casa não souberam informar nada sobre a arma”, afirmou na ocasião o delegado Diego.
O corpo do menino foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) de Campo Grande. O inquérito foi instaurado no dia 18 de outubro.
Por Graziela Rezende, G1 MS