Tereza Cristina pode comandar a Agricultura no governo Bolsonaro

A futura ministra da Agricultura e do Meio Ambiente, em um eventual governo Bolsonaro, deve ser a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). À boca pequena, o nome dela era o mais cogitado.

Outros nomes, como os dos deputados Valdir Colatto, Luis Carlos Heinze (este eleito senador), Evair de Melo, Nilson Leitão, Adilton Sachetti e da senadora Ana Amélia Lemos, também são citados com chances de serem nomeados.

Todos esses parlamentares se enquadram no perfil para a nova missão. São qualificados, combativos e intransigentes defensores do setor mais exitoso da economia brasileira – a cadeia produtiva rural – e conhecem profundamente os pleitos dos agricultores por anos e anos de convivência.

A parlamentar que coordena a suprapartidária FPA saiu na frente no apoio ao presidencial Bolsonaro. Como se costuma dizer aqui e alhures, quem chega primeiro bebe água limpa. Se por qualquer conveniência política não for Tereza Cristina a escolhida, com certeza a líder da bancada do agronegócio terá muita influência na indicação do cargo.

Neste caso, sobressaem os nomes de Adilton Sachetti e de Nilson Leitão, embora os demais nomes também sejam considerados pesos-pesados, eis que conhecem e sempre foram ferrenhos defensores do campo.

Na linguagem da matemática política, considera-se a bancada ruralista a base para o governo e seus mais de 200 parlamentares o expoente. Quem há de resistir? Dificilmente um “outsider” (desculpe o anglicismo), entraria nesse rol.

Desse sinergismo ou concentrado esforço, sobressaem as articulações do deputado Ônix Lorenzoni – já anunciado como chefe da Casa Civil no provável governo Bolsonaro –, um ruralista de primeira hora. Daí se conclui que o futuro ministro da Agricultura sairá da bancada ruralista. Alguém duvida?

Silas Souza/Especial para o AGROemDIA