Com atrasos salariais que chegam há 50 dias, servidores municipais de Coxim – a 260 quilômetros de Campo Grande – decidiram paralisar e entram nesta segunda-feira (15) no oitavo dia de greve na cidade. Desde o dia 8 de outubro as aulas nas escolas municipais estão suspensas e os atendimentos nos postos de saúde da família estão reduzidos.
Segundo informações do SINSMC (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Coxim), os servidores optaram pela greve durante uma assembleia geral realizada no dia 3 de outubro.
Desde o dia 8, segunda-feira passada, as aulas em escolas municipais e creches da cidade estão suspensas e os serviços nos postos de saúde da família funcionam de forma reduzida. Em setembro, os funcionários da prefeitura chegaram a ficar 50 dias sem receber. Os atrasos, segundo o sindicato, acontecem nos últimos dois anos, mas se agravaram em 2018.
Ainda conforme o sindicato, até o momento não houve contato da prefeitura, ou nenhuma negociação para o fim da greve. Ao Campo Grande News, a informação oficial do município é de que a situação seja normalizada até está terça-feira (16).
Nesta segunda-feira (15) ainda deve acontecer uma “pedalada pelo salário dos servidores”, como manifestação e homenagem aos professores do município.
Entenda
A decisão pela greve veio após uma briga judicial entre sindicato e prefeitura para regularização do pagamento dos salários dos servidores.
Em julho, o sindicato entrou com pedido de ação de obrigação de fazer na tentativa que a prefeitura normalizasse os pagamentos dos funcionários. O pedido chegou a ser aceito pela juíza Helena Alice Machado Coelho, que determinou um prazo de três meses para isso.
Para cumprir a determinação, o prefeito da cidade, Aluizio São José, chegou a suspendeu as gratificações dos servidores em cargos de gerência ou responsabilidade administrativa e também cortou as horas extras. Ainda assim, o município recorreu e conseguiu a revogação do pedido.
Entre as reivindicações dos servidores estão o pagamento do salário até o quinto dia útil, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os gastos do Município e seu endividamento – levando em consideração os repasses ao IMPC, sindicato, bancos (empréstimo consignado o quanto se paga de juros), planos de saúde CASSEMS e IMCAS – a qualidade do trabalho dos funcionários do secretaria de obras, o pagamento de insalubridade a todos os auxiliares de serviços diversos e serventes e o repasse dos descontos de contribuição sindical com urgência.
Fonte: Geisy Garnes – Campo Grande News