Chapadão do Sul: Após 22 anos como “escrava sexual” do padrasto, mulher reencontra a mãe

Uma moradora de Chapadão do Sul que foi mantida em cárcere e usada pelo padrasto como escrava sexual durante 22 anos finalmente reencontrou a mãe, da qual ficou afastada desde que o suspeito a raptou enquanto ainda era criança.

Segundo informações do site Chapadense News, a mulher conheceu o homem em São Paulo e ele a convenceu a morar em Mato Grosso do Sul, prometendo melhores condições de vida. A mãe aceitou e veio para a região norte do estado junto com a vítima, que na época tinha 9 anos.

Depois de se instalarem em sua nova casa, o homem transformou-se e passou a agredir a companheira, que vivia cheia de hematomas e cicatrizes. Além disso, ele passou a abusar sexualmente da enteada.

Certa vez ela se recusou a fazer sexo com ele. O padrasto então usou um pilão para espancar a mãe da vítima e a enterrou ainda com vida.

Junto com o irmão, a menina resgatou a mulher e com soluções caseiras tentou curar os ferimentos graves. Ao ver a cena, o suspeito não deixou que eles chamassem socorro médico e a vítima sobreviveu por milagre.

Em outra ocasião, o padrasto chegou a colocar soda cáustica no café da companheira, que novamente escapou por pouco.

Certo dia, aproveitando que as crianças estavam na escola, o homem tentou marcar a mulher com um ferro de gado. Ela conseguiu fugir. Quando os garotos voltaram, ele disse que a mãe os havia abandonado e mudaram de endereço. Quando a mãe voltou para buscar os filhos, não os encontrou mais.

A menina passou a infância e a adolescência sendo abusada constantemente pelo padrasto. Ela inclusive engravidou quatro vezes, a primeira com onze anos, na qual foi obrigada a tomar abortivos.

Ela se viu livre da situação há sete anos, quando o padrasto foi morto a facadas por um colega de trabalho, e passou a procurar pela mãe.

O reencontro foi proporcionado pela equipe de produção de um programa de rede nacional de televisão. A mulher vivia em Mirandópolis, onde reviu os filhos depois de 22 anos de separação.

 

 

Ricardo Campos Jr. – Campo Grande News