Dura ao menos quatro décadas a agonia do Figueirão, córrego que cruza de ponta a ponta o município de nome igual, ao norte de Mato Grosso do Sul.
Estradas abertas de modo desproporcionado e o desmatamento excessivo de vegetação determinaram a ruína do riacho agora tomado por bancos de areia, sem peixes e pouca água.
A recuperação deste córrego exigiria hoje o investimento de milhões de reais e o reparo ainda seria incerto.
“É como se um paciente ficasse sabendo que estava com câncer já em estágio bem avançado. A cura dependeria de um milagre”, diagnosticou Edilson Cotonett, militante na área ambiental, assim que questionado se teria como recuperar o córrego em Figueirão.
Para o coordenador do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Taquari, o Cointa, Nilo Peçanha Coelho Filho, a erosão e o assoreamento que sufocam o riacho em questão surgiram entre a segunda metade dos anos 1970 e a década de 1980.
Correio do Estado.