Depois da CCR MSVia, concessionária responsável pela BR-163 em Mato Grosso do Sul, anunciar a elevação da tarifa do pedágio antes mesmo de começar a cobrança, parlamentares foram até a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) questionar o aumento.
Coordenada pelo senador Waldemir Moka (PMDB), a bancada questionou a diferença entre o que foi previsto em 2014, uma média tarifária na ordem de pouco mais de R$ 4,38, para uma média agora de R$ 6,48.
“Isto significa que, em um ano, houve um aumento nas perspectivas tarifárias na ordem de 48%, algo fora de qualquer razoabilidade, o que está revoltando a população mais diretamente alcançada pela utilização da rodovia”, comentou Moka.
De acordo com o presidente da ANTT, Jorge Bastos, as tarifas tiveram seus cálculos estabelecidos a partir de levantamentos estatísticos e de custos realizados em maio de 2012, e não a partir de 2014, daí a elevação de custos.
Porém, segundo Moka, nem assim ficam explicados alguns índices utilizados pela empresa vencedora da concessão da BR-163, como, por exemplo, de 0,66% para compensação dos benefícios a caminhoneiros que mantêm suspenso o último eixo dos veículos.
Como o presidente Jorge Bastos argumenta com a obrigação da agência no cumprimento do contrato com a empresa concessionária, ficou marcada para a próxima terça-feira (15) uma reunião técnica na sede da ANTT.
Do encontro de trabalho participarão técnicos consultores do Senado Federal e da Câmara dos Deputados com os técnicos da própria Agência, quando o contrato será devidamente analisado, assim como serão abertas as planilhas de custo.
Correio do Estado