Menina morre queimada no dia do aniversário

Uma menina de três anos que faria aniversário nesta quinta-feira (27) morreu e outras três pessoas ficaram feridas em incêndio em uma residência pela manhã, no bairro Central Park, em Campo Grande. A polícia suspeita que o fogo tenha sido criminoso, pois,, testemunhas contaram que o ex-marido da moradora já teria feito ameças a ela.

O corretor de imóveis Silvio Hikawa é vizinho da residência das vítimas e foi o primeiro a chegar. Segundo ele, a dona da casa é uma pastora e pedia socorro. “Gritava: pelo amor de Deus, tem criança lá dentro”.

Para entrar no imóvel, Hikawa pulou o muro e quebrou um cadeado. Ele teve ajuda de um outro vizinho. Ferida, a pastora havia saído da casa pulando uma janela.

 

Corretor de imóveis viu vítima pedindo socorro — Foto: Graziela Rezende/G1 MS
Corretor de imóveis viu vítima pedindo socorro — Foto: Graziela Rezende/G1 MS

Conforme o tenente do Corpo de Bombeiros, Hamad Ali Aziz Pereira, a pastora e a filha dela de criação, uma adolescente de 12 anos, também foi atendida e encaminhada consciente e orientada ao hospital. Uma mulher, de 29 anos, que teria sido acolhida pela dona da casa teve queimaduras pelo corpo e precisou ser reanimada, antes de chegar na Santa Casa, em Campo Grande.

De acordo com os bombeiros, o fogo começou na sala. As vítimas feridas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros. Eles verificaram que grande parte do imóvel foi destruído, sendo os documentos queimados.

Possíveis causas

A perícia técnica também foi acionada, quando os bombeiros constataram que o imóvel não tinha energia elétrica e utilizava um cabo cedido pelo vizinho. “Existe a suspeita inicial de pane elétrica e até uma vela na sala, onde teriam começado as chamas, porém tudo será averiguado”, afirmou ao G1 o sargento Theodulo Pádua.

A Polícia Militar (PM) também passou a fazer rondas, após informações de vizinhos sobre possíveis brigas entre o ex-marido e a pastora e a suspeita de incêndio criminoso. Em uma das ocasiões, ainda conforme testemunhas, o homem teria ido ao local e feito ameaças de morte.

Por Graziela Rezende, G1 MS