Oito meses depois de o Correio do Estado publicar uma série de reportagens questionando a qualidade das pavimentações de estradas que cruzam Mato Grosso do Sul, o governo estadual informou apenas agora que vai determinar a criação de uma auditoria geral para investigar os contratos com empreiteiras que receberam milhões de reais para asfaltarem rodovias estaduais que, mesmo prontas, têm trechos esfarelados e cheios de buracos.
A reportagem retornou ontem na rodovia MS-436, estrada que liga Camapuã, Figueirão até a cidade de Alcinópolis, norte do Estado, distância de 163 quilômetros, extensão que consumiu R$ 215 milhões, recurso estadual e federal. A via em questão foi inaugurada em abril de 2013.
De Camapuã a Figueirão, distância de 47,1 quilômetros, dezenas de buracos e remendos enfeiam a via e representam riscos à segurança dos motoristas. No km 85 desta estrada, por exemplo, num trecho de 10 metros, buracos espalhados dos lados da pista são vistos aos montes.
Para escapar dos solavancos e da possibilidade de danificar os veículos, os motoristas avançam o lado contrário da pista, uma saída arriscada, num ponto de sinalização de faixa contínua.
Além de conviver com as crateras ao longo dos 163 km, motoristas que transitam pela MS-436, enfrentam outro risco, o asfalto esfarelado um deles. Exemplos de danos não faltam.
Correio do Estado