Pitbull ataca cabo da PM, dilacera mandíbula e bochechas; vítima precisa de cirurgia de reconstrução da face

Um cão pitbull teve uma reação inesperada, ao ver o tropeço do cabo do Batalhão de Choque (BpChoque) da Polícia Militar, Gustavo Leite Serafim, de 34 anos. A vítima estava na casa do vizinho e, conforme a família, conhecia o animal. Ao sair, o cão acompanhou e a vítima então o puxou pela coleira, com intenção de não deixar ele sair do imóvel. Neste momento, o cabo tropeçou e o cão o mordeu na região do queixo, dilacerando a mandíbula e bochechas. O caso ocorreu há 2 dias, em Campo Grande.

“Ele estava de folga, visitando o amigo e já indo embora, quando foi guardar o cão e levou a mordida. Foi uma reação violenta, acho que o animal assustou e por isso houve este estrago. Eu consegui uma liberação para acompanhá-lo e agora ele está calmo, devido ao apoio dos colegas. Neste primeiro momento, estamos priorizando a cirurgia para que ele volte a ter sensibilidade e um possível movimento para comer e falar direito”, afirmou ao G1 a esposa da vítima, Elizandra Ribas Serafim, de 32 anos.

Conforme Elizandra, a intenção é chegar o mais próximo possível do que era o rosto do marido. “A cirurgia precisa ser feita por um especialista que, de início, nos cobrou R$ 60 mil. O plano de saúde dele, que é a Cassems [Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul], está nos ajudando na negociação com o médico. Depois, com a recuperação dele, vamos pensar na parte estética. São várias cirurgias de reconstrução, que levam de 5 a 10 meses e o hospital paga a anestesia e instalações, mas, não o médico”, explicou. 

Policial foi atacado por cão pitbull ao tentar guardar animal na casa do vizinho, diz esposa da vítima — Foto: Reprodução/WhatsApp
Policial foi atacado por cão pitbull ao tentar guardar animal na casa do vizinho, diz esposa da vítima — Foto: Reprodução/WhatsApp

O comandante do BpChoque, tenente-coronel Marcus Pollet, ressaltou que está acompanhando o caso, desde o início. “Nós estamos conversando com o médico, já que na Santa Casa não tem microcirurgião vascular. Um dos médicos se prontificou a ajudar e baixou o valor para R$ 49 mil. Agora, nesta manhã, tenho reunião com o efetivo e vou repassar o que está ocorrendo. Depois, ele ainda precisará de remédios, fisioterapia e vamos ajudar de alguma maneira, com a nossa vaquinha”, comentou.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Cassems e aguarda retorno.

* Graziela Rezende, G1 MS