Uma mulher que coordenava grupos de moai é investigada pela Polícia Civil por causar prejuízo total de R$ 500 mil a cerca de 200 pessoas em Figueirão, cidade com aproximadamente 3 mil habitantes. Segundo o delegado Leonardo Antunes Fagundes, da Delegacia de Camapuã, que atende a área de Figueirão, a suspeita de praticar estelionato manipulava os sorteios, alegava que desconhecidos haviam sido premiados, e pegava todo o dinheiro aplicado.
Conforme apurado, os golpes vieram à tona na semana passada, quando dez vítimas, entre homens e mulheres de várias idades e classes sociais, procuraram a polícia para fazer a denúncia. A suposta estelionatária era conhecida na região por administrar grupos de moai há vários anos. A atividade consistia em reunir grupo de pessoas em consórcio em que todo mês cada um dos integrantes pagava uma parcela e, mensalmente, um deles era sorteado e recebia o valor repassado pelos demais.
“Eram grupos que tinham geralmente de 10 a 20 pessoas que aplicavam quantias nos valores de R$ 200 a R$ 300 por mês, dependendo do grupo. Acontece que a partir do mês de abril, essa mulher passou a manipular o sorteio, e alegava que outras pessoas que haviam se inscrito, mas que não estavam publicamente nos grupos, estavam ganhando. Na verdade, ela estava pegando o dinheiro pra ela”, explicou.
Quando as vítimas começaram a desconfiar do golpe, ela deixou Figueirão e estaria vivendo em Costa Rica. O delegado explica que ao longo dos próximos dias vai continuar com as oitivas das vítimas em buscas de provas, já que muitos dos pagamentos eram feitos em dinheiro, pessoalmente. “Há alguns pagamentos que foram feitos por transações bancárias que poderemos usar como provas, mas vamos continuar com as investigações, porque são várias pessoas alegando prejuízo”, pontuou.