Não é boato: fazendeiro escreveu (mesmo) nome de Bolsonaro em plantação de MS

A veracidade de uma foto em que o nome do deputado federal Jair Bolsonaro, candidato às eleições para presidente, aparece gravado em uma plantação passou a ser questionada após a imagem ser compartilhada por milhares de vezes nas redes sociais e no Whatsapp. Para a surpresa dos céticos, a imagem é real.

Quem confirmou a veracidade da inscrição foi o projeto Comprova, que conta com mais de 24 organizações de mídia brasileiras. A homenagem a Bolsonaro foi feita em duas propriedades rurais em Maracaju e Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul.

As fazendas pertencem ao ex-prefeito de Sidrolândia, Ari Basso (PSDB). Em janeiro, um vídeo com imagens aéreas de uma das fazendas foi publicado por Bolsonaro em suas redes sociais. As imagens mostram a inscrição das palavras “Bolsonaro 2018” em uma plantação.

Uma foto de cima da plantação voltou a ser compartilhada por Bolsonaro em julho, e começaram os boatos de que as imagens seriam “fake”. Gabriel Basso, um dos proprietários das fazendas, explica entretanto que foi ele mesmo quem fez as fotos e o vídeo usando um drone.

Gabriel conta que utilizou um sistema disponibilizado pelas máquinas da John Deere, que permite que sejam definidas áreas para receber sementes e outras não, possibilitando que proprietário apenas desenhasse a área que queria que ficasse com o nome de Bolsonaro.

“Esses desenhos são feitos na Trackmaker sobre uma foto de satélite, depois importados para um programa compatível com o sistema operacional das máquinas e então transferidos para o monitor do trator via pen drive. A própria máquina entende que na área interna das letras não é para plantar, então não cai semente”, afirmou Gabriel.

O proprietário rural afirma que apenas a uma altura de 20 metros é possível ver a inscrição. O Comprova confirmou a existência das gravações com imagens de satélite fornecidas pelo Google Earth, em que é possível ver as plantações de milho na fazenda de Sidrolândia, e as plantações de soja na fazenda de Maracaju.

Midiamax