Preso há 5 dias, servidor alvo de ação do Gaeco tem salário de R$ 35 mil

Preso há cinco dias, o agente fazendário Airton de Araújo tinha um dos mais altos salários dentre os servidores públicos estaduais – R$ 35.570,42, conforme consta no Portal da Transparência do Governo de Mato Grosso do Sul. O funcionário já ocupou vários cargos de chefia na administração estadual e após a prisão, foi afastado de sua função na Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda).

Airton é um dos alvos da Operação Grãos de Ouro, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) na quarta-feira (8). Desde então, ele está preso em cela do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), segundo apurou a reportagem.

O agente fazendário é investigado por, junto com o técnico fazendário Moacir Antônio Marchini, fazer parte de esquema de sonegação fiscal envolvendo produtores e empresas corretores de grãos, principalmente a soja, que deu prejuízo estimado em R$ 44 milhões aos cofres estaduais.

Atualmente, Airton ocupava a chefa da Unidade de Acompanhamento e Arrecadação de Outros Tributos, mas até 2015 comandava a Agenfa (Agência Fazendária) de Maracaju. Ele foi dispensado da função no dia 9 de agosto, um dia após ser preso, conforme consta em publicação do Diário Oficial do Estado do dia 10.

Airton de Araújo recebeu R$ 25.235,68 em julho, o dobro que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) teve de salário, por exemplo. O chefe do Executivo estadual tem salário de R$ 15.235,56 e com as deduções, recebeu R$ 11.464,89.

Moacir também atuava em Campo Grande, com salário de R$ 4.610,83, consta no Portal de Transparência. Ele também está no IPCG, unidade do Complexo Penal de Campo Grande.

Anahi Zurutuza campograndenews