Sempre que uma criança morre por aspiração de leite é uma tragédia familiar para os pais e entristece médicos, bombeiros e socorristas. A morte de uma menina de seis meses em Chapadão do Sul – infelizmente – não foi a primeira, mas é sempre recomendável destacar alguns procedimentos que podem ajudar a salvar a vida dos bebês nestas situações de extrema tensão para os responsáveis. Quando a mãe chegava ao Hospital Municipal um bombeiro que passava viu a cena e logo constatou uma parada respiratória. Imediatamente iniciou uma RCP (Reanimação Cardio Pulmonar) e entregou à menina equipe médica de plantão.
MORTES – Infelizmente ela não conseguiu sobreviver devido à parada cardiorrespiratória causada pela obstrução de vias aéreas por líquido. Em 2016 outro bebê também morreu asfixiado com leite enquanto mamava no bairro Esperança. Apesar da proximidade com o socorro não foi possível salvar a vida do bebê. O Corpo de Bombeiros foi acionado tardiamente por uma vizinha. O rádio operador ainda chegou a dar as orientações básicas para o procedimento de tampotagem. Infelizmente já não era mais possível o salvamento.
BOMBEIRO SALVOU POR TELEFONE – Em abril do ano passado o personagem da vida real que recebeu destaque não foi um herói que lança teias de aranha do punho, ou tinha o corpo de aço e voava ou andava invisível. Era um “guardião” de carne em osso na forma de um atento bombeiro que usou de muita perspicácia, calma e técnica para orientar a mãe da pequena Sofia – de apenas um ano – nos procedimentos para desobstrução das vias aéreas. A criança engasgou com uma folha de amoreira e a mãe ligou no telefone de emergência (193) pedindo socorro. O radioperdor (Das Neves) repassava as orientações ao pai, dando início ao salvamento mais espetacular daquele ano em Chapadão do Sul.
(Foto da Capa / Bombeiro Das Neves c criança salva)
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