Indígenas promoveram, ONTEM, mais uma onda de invasões a propriedades rurais na região sul de Mato Grosso do Sul, provocando protesto de produtores e de famílias que tiveram suas propriedades invadidas.
Os produtores rurais tiveram que bloquear a rodovia no município de Antonio João, saída para Bela Vista, na tentativa de chamar a atenção das autoridades e da imprensa.
O movimento ganhou o apoio dos prefeitos Edson de Davi (Aral Moreira), Sérgio Barbosa (Amambai), Zé Roberto (Iguatemi) e Selso Lozano (Antonio João), que participaram do protesto dos produtores rurais durante o bloqueio da rodovia em Antonio João.
“Será que o governo federal vai deixar acontecer uma tragédia anunciada nas questões de invasão de terras por indígenas”, questionou o prefeito de Aral Moreira, Edson de David, que se diz indignado com a situação.
Segundo ele, há informações de que 9 fazendas foram invadidas e 40 famílias foram expulsas no Distrito Campestre, em Antônio João.
Durante o movimento, os prefeitos se reuniram com o presidente Sindicato Rural de Aral Moreira, Osvin Mitanck, e com uma das proprietárias de áreas invadidas, Roseli Silva.
PERIGO
As novas invasões ocorreram na região de Antonio João, onde os produtores foram expulsos e tiveram de ser resgatados por agentes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira).
A invasão coloca em perigo a maior produtora de grãos e carne da região do Mato Grosso do Sul, onde estão concentrados os gados reconhecidos nacionalmente como campeões e o das raças Guzerá P.O além da raça Nelore e outras raças que os pecuaristas estão implementando.
Os produtores reclamaram, mais uma vez, da inércia e falta de vontade do Governo Federal diante da situação. A última reunião agendada sobre o tema, em julho, na Capital Federal, não aconteceu, pois nem representantes indígenas nem ministro compareceram.
O presidente da Famasul, Maurício Saito, enfatizou em entrevista à imprensa sobre o acirramento dos ânimos na região Sul do Estado. “O Governo Federal tem que cuidar dos cidadãos brasileiros, índios e não índios, e precisa interceder na situação de conflito que está aflorando”.
Willams Araújo –De Campo Grande