35,5% dos municípios de MS necessitam de outras cidades para internar, diz IBGE

Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 28 precisaram mandar pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para outras cidades em 2014. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) de 2014, apresentada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento, que levou em consideração todos municípios sul-mato-grossenses, mostra que 35,5% deles precisavam encaminhar usuários da atenção básica do SUS para internação em outras cidades.

Além disso, 35,5% dos municípios do estado precisaram encaminhar pacientes para a realização de exames em outros locais.

UTI neonatal e partos hospitalares
A disponibilidade de UTI neonatal em estabelecimentos públicos ou conveniados ao SUS ocorre em apenas 2,5% das cidades sul-mato-grossenses. Além disso, grande parte dos municípios do estado (81%) têm estabelecimentos públicos ou conveniados ao SUS que realizam parto hospitalar.

Os serviços de hemodiálise e diálise peritoneal, procedimentos indicados a pacientes com insuficiência renal, estão disponíveis em 10,1% dos municípios.

Já os serviços de emergência – abertos 24 horas por dia para atender pacientes em situação de risco de vida – estão presentes em 94,9% dos municípios sul-mato-grossenses.

Saúde da família
Em 2014, o Programa Saúde da Família – estratégia de atenção básica à saúde – estava disponível em 73 municípios do estado, o equivalente a 92,4% do total. Houve uma queda da abrangência do programa em relação aos dados da Munic de 2009, quando 98,7% dos municípios dispunham do programa.

Em todo o estado, 22.803 pessoas estão empregadas na área da saúde da administração municipal, o que corresponde a 24% dos funcionários da administração municipal sul-mato-grossense.

Gestão
A maior parte dos municípios (87,3%) tem estabelecimentos de saúde sob sua responsabilidade. Desse total, apenas 1,2% possuem estabelecimentos administrados por terceiros, como organizações sociais (OS), empresas privadas, consórcios públicos, organizações de sociedade civil de interesse público, cooperativas e consórcios de sociedade.

Segurança alimentar e vigilância sanitária
A pesquisa do IBGE também constatou que 27,8% dos municípios têm estruturas organizacionais voltadas para a política de segurança alimentar, responsável por ações como atividades de educação alimentar e nutricional, manutenção de restaurantes populares, desenvolvimento de atividades de agricultura urbana, incentivo de produção de alimentos orgânicos, entre outras.

Dos municípios sul-mato-grossenses, todos têm uma estrutura específica para vigilância sanitária. No estado, a vigilância sanitária é coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde e executada por órgãos municipais.

 

G1 MS