Por conta da baixa cobertura vacinal contra a gripe, o Ministério da Saúde prorrogou a Campanha Nacional de Vacinação até o dia 22 de junho. Esta já é a segunda vez que a campanha tem o fim adiado, inicialmente terminaria no dia 1° de junho, mas por conta da greve dos caminhoneiros passou para o dia 15 de junho e agora a data foi novamente mudada.
Em nota, o Ministério da Saúde pediu engajamento de estados e municípios para atingir meta de vacinar 54,4 milhões de pessoas. Os casos de gripe em 2018 já são o dobro do mesmo período do ano passado, de acordo com o órgão que diz que a situação provocou alerta. A preocupação do Ministério é com a proximidade do inverno, período de maior circulação dos vírus da gripe.
Também é preocupante o número de casos e mortes registrados no Brasil, que já dobraram na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o último levantamento, 11,8 milhões de pessoas ainda precisam se vacinar contra a gripe. Desde o início da campanha, em 23 de abril, 77,6% da população prioritária buscaram os postos de saúde.
Em Mato Grosso do Sul são 15 mortes confirmadas até o dia 7 de junho, quando foi divulgado o último boletim epidemiológico pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Ao todo, já são 190 casos confirmados e 505 pacientes estão internados sob investigação. Em 2017 foram seis mortes registradas, menos da metade dos registros em apenas seis meses desse ano. Em Campo Grande, até o último dia 08 quando foi divulgado o último Boletim de Vacinação, 168.334 pessoas, o que representa 85,09% do público alvo de 197.820, foram imunizadas contra a doença na Capital.
A partir do dia 25 de junho, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, a vacinação poderá ser ampliada para crianças de cinco a nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos.
Mesmo com a prorrogação, devem receber a vacina pessoas a partir dos 60 anos, crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, os trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que estejam sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade, os funcionários do sistema prisional e estagiários da área da saúde.
*Correio do Estado