Presos mais oito integrantes de facção que participaram de decapitação de jovem

Dando continuidade as investigações da execução de Lailla Cristiane de Arruda, de 19 anos, que foi decapitada na semana passada em Sonora, as polícias Civil e Militar prenderam mais oito pessoas que teriam participado do crime.

Foram presos Uanderson Ferreira Ananias, de 25 anos, o Jamaica, Odimar dos Santos, de 23 anos, o Piloto, Victor Hugo Lopes da Cruz, de 18 anos, Vitória Valdina Souza da Silva, de 18 anos, João Paulo da Silva, de 22 anos, o JP, Maycon Douglas Almeida Gonçalves da Silva, de 20 anos, o Maicola, Matheus do Nascimento Silva, de 22 anos, o Cuiabano e um adolescente de 16 anos.

Quarto foi usado para julgar vítima (Foto: Divulgação/PC)
Segundo a Polícia Civil, todos foram presos depois da divulgação de um vídeo, com diálogo entre os executores e a vítima, publicado pelo site Edição MS na reportagem Vídeo (assista abaixo) mostra diálogo entre executores e jovem decapitada em Sonora

O delegado Francis Flavio de Araújo Freire explica que cada um desempenhou uma função, contribuindo com a execução de Lailla. O celular da vítima, onde foram feitas as imagens, estava enterrado no quintal da casa de Jamaica, na rua Tancredo Neves.

No aparelho foram encontradas fotos que faziam apologia à facção criminosa rival, razão pela qual Lailla foi sentenciada à morte. A polícia também identificou o local onde a vítima foi julgada e condenada pelo bando, um quarto, nos fundos de um lava-jato da avenida das Chácaras, que pertence a Piloto.

Celular de Lailla foi usado para gravar execução (Foto: Divulgação/PC)
Documentos da vítima foram encontrados em quarto (Foto: Divulgação/PC)
Neste quarto foram encontrados objetos que fazem referência à facção criminosa, além de documentos de Lailla. “Ficou esclarecido que o quarto foi cedido para que a vítima fosse mantida em cativeiro, sendo impedida de sair enquanto era julgada”, afirma o delegado de Sonora.

De acordo com a Polícia Civil, o ex-namorado da vítima, Victor Hugo e Vitória atraíram Lailla até o local do julgamento, sob o pretexto de tomarem tereré. Já JP, Maicola, Cuiabano e o adolescente participaram do “Tribunal do Crime”, intermediando as informações entre os integrantes da facção e prestando apoio material para o assassinato.

Por enquanto, eles estão respondendo por associação criminosa, porém, o delegado acredita que eles também vão ser responsabilizados pelo homicídio triplamente qualificado. Além desses oito, no dia em que o corpo foi encontrado, a polícia prendeu outros quatro apontados como autores da execução. São eles: Alexandro Silva dos Santos, de 24 anos, Rodrigo França, de 21 anos, e dois adolescentes, de 15 e 17 anos.

*Sheila Forato – Edição MS