O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun (MDB), classificou como “sabotagem terrorista” o protesto dos caminhoneiros que paralisou um trem em Chapadão do Sul – a 321 km de Campo Grande – no dia 23 de maio.
Ele disse que o protesto foi apropriado por outras pessoas, tirando de foco as reivindicações dos trabalhadores, e que o governo federal está trabalhando para identificar as lideranças dos protestos em Mato Grosso do Sul, especificamente este de Chapadão do Sul, onde um caminhão foi atravessado no trilho para impedir a passagem do trem.
“Teve um episódio triste. Não abrimos mão de identificar quem fez o ato de sabotagem terrorista em Chapadão do Sul”, afirmou o ministro. “Setores de inteligência estão trabalhando […] se busca punição não só daquele que foi lá cortar a linha do trem, mas daqueles que têm sido mandantes”, disse. O ministro disse que os responsáveis ainda não foram identificados.
Marun acredita que os manifestantes não devem retornar as rodovias depois que o governo federal atendeu aos pedidos em relação ao preço do litro do óleo diesel. “O colapso não aconteceu. Aconteceu uma grande crise”, disse.
“Vocês veem que aqui em Chapadão ninguém brinca com paralisação” afirma um dos manifestantes em vídeo gravado no local. “Trancamos aqui e não passa nenhum trem”, completa. Nas imagens, ainda é possível ver um trem parado, metros antes do ponto onde o guincho está estacionado. Um grupo de caminhoneiros acompanha a movimentação na região.