O gerente executivo do Sinpetro (Sindicato dos distribuidores e revendedores de combustíveis), Edson Lazaroto, garante que a redução de 5% na alíquota do diesel vai deixar o produto R$ 0,18 mais barato nas bombas, diferentemente do que aconteceu entre julho de 2015 e janeiro de 2016. Na ocasião, o governo reduziu os impostos nesse mesmo percentual, mas não houve diferença alguma na prática.
“Naquela época outros seguimentos da economia influenciavam o setor de combustíveis, como agronegócio, transportadoras e indústria. Não foram apenas os postos que não cumpriram o acordo, mas outros seguimentos. Agora será diferente porque tenho a garantia dos postos dessa redução”, afirma.
Lazaroto participa de uma reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), representantes das distribuidoras, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Procon para tratar da redução da alíquota.
A redução no preço do diesel deve elevar o volume de vendas desse produto, já que os caminhoneiros que passam por Mato Grosso do Sul podem optar em abastecer no estado antes de seguir viagem.
Lazaroto afirma ainda que a greve dos caminhoneiros, que completa dez dias nesta quarta-feira (30), prejudicou principalmente os postos das rodovias, onde os manifestantes ficaram mobilizados. Esses estabelecimentos não conseguiram vender diesel nesse período.
O Sinpetro garante também que todos os postos da Capital já estão com os estoques reabastecidos. No interior, segundo o gerente executivo, a situação é um pouco mais complicada porque os condutores dos caminhões-tanque querem escolta para levar os produtos, fazendo com que até sexta-feira a situação se normalize.
Fiscalização – O superintendente do Procon, Marcelo Salomão, disse que o órgão se colocou à disposição para acompanhar esse processo de barateamento e que tem equipes suficientes para isso. “Caso seja confirmada a redução no diesel, o Procon irá assumir a frente desse trabalho”.
Por enquanto, como os valores do desconto ainda não foram definidos, Salomão afirma que não há uma tabela com valores máximos para guiar a população e fomentar as denúncias de abuso.
O presidente da OAB-MS, Mansour Elias Karmouche, disse que servirá como testemunha do acordo firmado durante a reunião e vai abrir um canal para receber denúncias de preços abusivos e encaminhar as informações aos órgãos de controle.
*Campo Grande News