Mato Grosso do Sul encerrou a safra 2017/2018 de soja com o segundo maior número de casos de ferrugem asiática do país. Segundo o Consorcio Antiferrugem, a parceria público-privada que atua no combate a doença, o estado registrou na temporada 114 ocorrências. O número é superado apenas pelo do Rio Grande do Sul, que contabilizou 125. Em todo país foram 641.
Em relação a safra passada, 2016/2017, o número de casos em Mato Grosso do Sul cresceu 78,12%. Também foi a maior incidência das últimas nove temporadas. O último surto havia ocorrido na temporada 2009/2010, quando os agricultores sul-mato-grossenses contabilizaram 333 ocorrências da doença.
Nesta temporada foram registrados casos em 15 municípios do estado: Antonio João, Aral Moreira, Bonito, Caarapó, Campo Grande, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Dourados, Itaporã, Laguna Carapã, Maracaju, Naviraí, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia.
O maior número de registros ocorreu em Chapadão do Sul, com 65, seguido por Maracaju, com 11 e São Gabriel do Oeste, com 9 casos.
O que é a ferrugem asiática
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ferrugem é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura e pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura.
Plantas infectadas apresentam desfolha precoce, comprometendo a formação e o enchimento de vagens, reduzindo o peso final dos grãos. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.
G1 MS – Foto Arquivo