O Sindicato Rural de Chapadão do Sul, através do presidente Lauri Dalbosco, organizou uma caravana com cerca de 14 produtores associados a entidade sendo que deste três foram da Cooper e participaram do manifesto.
O Presidente Lauri Dalbosco, destacou a importância da entidade em estar presente nestes movimentos, ressaltando que o Agronegócio é hoje o pulmão do Brasil e que precisa ter uma política responsável para que se possa dar continuidade ao setor. Sobre o Funrural o presidente destacou que foi muito importante essa conquista do perdão das dívidas e juros, mas, lembrou o presidente Lauri Dalbosco, que há necessidade de que seja extinguindo de vez o Funrural, pelo fato que é um Imposto que onera muito a classe e que precisa de mudanças na sua forma correta de cobrança, porque como está não sendo realizada, analisada, pelo fato que há muita disparidade na sua cobrança.
De acordo com organizadores da manifestação, teve representantes de todos os estados, vindos de cerca de 350 entidades.
A manifestação revê a concentração no estádio Mané Garrinha, com a presença de várias autoridades ligado aos Sindicato Rurais, ANDATERRA, UDR, que apesentaram as medidas a serem tomadas e colheram assinaturas dos presentes, para o abaixo assinado e reivindicações, que foram destinados ao governo.
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Os organizadores do manifesto, disponibilizou um almoço com de 16 bois no rolete, para os participantes do movimento, em seguida mesmo debaixo de chuva realizaram uma caminhada ao longo da esplanada até o congresso nacional.
SOBRE O FUNRURAL
Não há um número oficial para o valor total das cobranças retroativas do Funrural – o imposto incide sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural e é destinado à Previdência –, mas há estimativas de que ele possa chegar a 30 bilhões de reais.
Muitos produtores deixaram de pagar o imposto quando, depois de uma longa batalha judicial, em 2011 o Supremo Tribunal Federal decidiu que sua cobrança era inconstitucional.
No ano passado, no entanto, a corte voltou atrás e o que não foi pago entre 2011 e 2017 passou a ser cobrado pelo governo. Foi criado, inclusive, o Refis Rural, para que os produtores pagassem o que o governo diz que é devido.
Agricultores e pecuaristas, no entanto, alegam que o imposto é inconstitucional e que ele sobrecarrega os custos do campo. A alíquota do Funrural varia entre 1,5% e 2,85% do total da produção.
O Congresso derrubou vetos do presidente Michel Temer (MDB) e permitiu o desconto de 100% do valor da multa – uma renúncia de 10 bilhões de reais, de acordo com a Receita. No Refis, o saldo devido poderá ser parcelado em 176 vezes depois de uma entrada no total de 2,5% do valor total da dúvida.
Durante o Protesto, que teve a presença do pré-candidato Bolsonaro e do senador Ronaldo Caiado, os produtores também reclamaram do desamparo por parte da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária e da Frente Parlamentar da Agropecuária. Deputados que fazem parte da frente dizem ter avaliado que a derrubada dos vetos era o máximo a se fazer quanto ao assunto.
Outra reivindicação dos produtores rurais é em relação a securitização, eles querem o alongamento da dívida junto as instituições financeiras.
Hoje, o valor total dessa dívida seria de 280 bilhões de reais, ou 51% de toda a produção agropecuária brasileira – sem contar outros tipos de financiamento, como os que podem ser disponibilizados por tradings agrícolas. O total corresponde a 4.700 reais por hectares produtivos no país.