Sogra é suspeita de servir feijoada envenenada para genro

Um homem de 42 anos foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado para o hospital depois de passar mal ao comer feijoada que foi servida pela sogra na tarde deste domingo (18) em Três Lagoas. A suspeita é de que o alimento poderia conter algo venenoso.

Segundo informações contidas no boletim de ocorrência, por volta das 15h40 uma equipe da Rádio Patrulha foi chamada até o hospital localizado na Avenida Rosário Congro. A equipe médica do SAMu informou aos policiais que a vítima de 42 anos foi socorrida, e segundo o relato do que aconteceu, a suspeita era de envenenamento.

Os policiais conversaram com a vítima – após o atendimento médico – e o homem disse que a sogra – uma mulher de 61 anos – serviu um prato de comida ao genro. A iguaria era feijoada e quando a vítima mastigou alguns ingredientes, sentiu um gosto bastante amargo e cuspiu o alimento. Ele ainda disse que para tirar o gosto da boca, pediu um pouco de água e após beber o líquido, tentou comer novamente a feijoada e sentiu mais uma vez o gosto do alimento que estava bastante amargo.

Alguns minutos depois, o homem pediu que o sobrinho fosse até uma mercearia e comprasse leite e assim poder ingerir algo que pudesse ajudar para que o “gosto ruim” da comida saísse do paladar da vítima. A vítima afirmou que a sogra serviu a comida em um recipiente separado ao genro.

O que chamou a atenção no caso foi o que ocorreu logo em seguida. O homem deu o alimento para três cães e segundo a vítima, os animais, ao comerem a feijoada, morreram quase que instantaneamente. A vítima disse que nunca teve nenhum desentendimento com a sogra e sempre tratou a mulher com respeito.

A equipe da Rádio Patrulha conversou também com a filha da mulher de 61 anos. A testemunha de 42 anos – que é esposa da vítima – disse que a mãe sempre demonstrou certa raiva do genro. A mulher disse que a mulher foi morar com a filha e com o genro, depois o falecimento do marido e ela – a filha – conseguia notar “certo ódio” quando alguém tocava no nome da vítima.

Os policiais – em diligência – foram até a casa da família e conversaram com a mulher de 61 anos que negou tudo, dizendo que jamais iria colocar veneno ao genro.

A vítima ficou em observação no hospital enquanto a sogra foi levada para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) para as providências legais.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio qualificado com uso de veneno. A Polícia Civil irá investigar e solicitar exames que podem comprovar se a comida foi ou não envenenada.

Celso Daniel– Patrulhanews