Instrutora de voo ferida durante queda em Camapuã passa por 2ª cirurgia e não tem previsão de alta

A instrutora de voo Thalita Araújo, de 30 anos, que sofreu acidente aéreo no dia 15 de fevereiro durante um voo de instrução em Camapuã, município a 126 quilômetros de Campo Grande, passou por outra cirurgia ortopédica e continua internada no Hospital Militar, sem previsão de alta.

Segundo a assessoria do hospital, a paciente foi transferida no dia 21 de fevereiro e o procedimento ortopédico foi realizado em 27, às 13h. A paciente está em bom estado geral, sendo assistida pelo ortopedista no pós-operatório e vai permanecer internada sem previsão de alta.

A primeira cirurgia foi realizada no dia seguinte ao acidente, na Santa Casa da capital sul-mato-grossense, no braço direito em consequência de uma fratura.

Um rapaz de 19 anos também ficou ferido no acidente. Ele estava tendo aulas com a instrutora. O aluno foi atendido no hospital de Camapuã e liberado em seguida. Ele sofreu apenas ferimentos leves.

Acidente do voo de instrução ocorreu no dia 15 de fevereiro, em Camapuã (MS) Foto Infoco MS

Equipes do Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Ceripa), ambos da Força Aérea Brasileira (FAB), estiveram no local do acidente no dia 16 de fevereiro, e fizeram as análises iniciais, além de recolherem materiais da aeronave.

De acordo com a FAB, não há um prazo para a investigação ser concluída e vai depender da complexidade do acidente. O relatório final será publicado no site do Cenipa e a investigação ainda não levantou nenhuma hipótese sobre o ocorrido.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou ao G1 que enquanto a investigação é realizada não será aplicada nenhuma medida cautelar contra a escola e a instrutora. A aeronave que caiu pertencia à CMM Escola de Aviação Civil, de Campo Grande. No site da agência, a aeronava está com a documentação regular.

A Polícia Civil também investiga as causas do acidente na esfera criminal.

O proprietário da escola, Messias da Silva, disse ao G1 que aguarda o lauda da perícia que deve apontar as causas do acidente e que o aluno envolvido no acidente aguarda o exame médico para retomar as aulas. Em relação à instrutora, garantiu estar dando todo o apoio para o tratamento.