Três meses depois dos corpos de Paulo Mariano Pinto, de 58 anos, e Marilene Ledesma Ferreira, 53, serem encontrados no quintal de casa em Corumbá, município no Pantanal de Mato Grosso do Sul, os suspeitos Rita de Kássia Ledesma, 24, e Diego Antônio da Silva, 23, apresentaram versões contraditórias à polícia. Eles prestaram depoimento no fim da semana passada.
Segundo o delegado Paulo Gabriel Farias, a intenção dos jovens era vender os bens e ir embora da cidade.
“Nós ouvimos os dois, o Diego e a Rita e cada um contou uma versão diferente. O Diego contou que quando chegou em casa os pais da Rita já estavam mortos e ele só ajudou a enterrar. Ele falou que o motivo do crime seria vender as coisas e ir embora daqui, seria patrimonial. A Rita fala que quando os pais dormiram ela ligou para o Diego, ficou no quarto. Ele teria matado os dois e eles teriam enterrado os corpos”, afirmou o delegado.
O casal foi preso em Chapadão do Sul, na região nordeste do estado, e foi transferido no fim de janeiro para Corumbá, onde está preso no complexo penal. Os jovens ficaram semanas foragidos.
Segundo a perícia, quando os corpos foram encontrados já estavam enterrados há mais de 10 dias. Além disso, os dois foram mortos a pauladas e pedradas. As vítimas foram encontradas por familiares que desconfiaram do fato de a filha de Marilene e o namorado estarem vendendo móveis da casa.
Os parentes decidiram arrombar a casa. Ao entrarem, encontraram uma obra feita recentemente, onde estavam os corpos.
Relação
O casal assassinado vivia junto há 10 anos e ajudava Rita a cuidar da filha de 3 anos. Diego morava com a namorada na casa das vítimas.
De acordo com parentes, Paulo era vendedor de caldo de cana e costumava fazer ‘bicos’ com a ajuda de Marilene para sustentar a família.
*G1 MS