A manifestação contra cortes dos repasses financeiros da União aos municípios teve adesão de 90% dos prefeitos, conforme estimativa da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul). Durante o protesto realizado nesta segunda-feira (10), as portas das prefeituras do Estado foram fechadas.
Durante a manhã, os prefeitos participaram de reunião na sede da Assomasul. Na ocasião, o presidente da associação, Juvenal Neto (PSDB) disse que a situação dos municípios é delicada em decorrência de acordos que não têm sido cumpridos pelo Governo Federal.
Segundo ele, a União deveria ter repassado R$ 30 milhões em “restos a pagar” neste mês, mas acabou disponibilizando apenas R$ 14 milhões, impedindo a continuidade de 200 obras públicas. “Nós não estamos pedindo nada a ninguém, estamos cobrando aquilo que é de direito dos municípios”, declarou.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que também participou do evento disse que a crise dos municípios tem reflexos no governo do Estado. “Hoje é um dia de alerta importante para mostrar as dificuldades que passam os municípios. Já fui prefeito de 97 a 2004 e tive de conviver com a crise. As dificuldades existem, hoje os municípios recebem mais responsabilidades de que a devida contrapartida”.
Os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB, também discursaram durante o evento. “Não vim aqui como senadora, vim como ex-colegas de vocês, sei das angústias dos prefeitos porque fui prefeita por oito anos. Essa é uma crise nunca vista na história dos municípios, hoje crise é política, é econômica é social”, disse Simome.
Moka compartilhou a mesma preocupação. “A crise financeira é muito grande, mas o que não podemos é desistir. Vamos nos unir para colocar esse país no trilho do desenvolvimento”, discursou.
Conforme a assessoria de imprensa da Assomassul, o objetivo da campanha, que terá continuidade nos municípios, é mostrar à população porque o dinheiro da arrecadação de impostos não está chegando como deveria na conta das prefeituras.
Fonte: Correio do Estado