Mato Grosso do Sul tem o segundo maior número de casos do país de ferrugem asiática da soja, na safra 2017/2018. É o que aponta levantamento do G1 com base em dados do Consórcio Antiferrugem, a parceria público-privada que atua no combate a doença, uma das principais a atacar a oleaginosa.
De acordo com o consórcio, foram contabilizados neste ciclo, 38 ocorrências de ferrugem no estado. Nesta temporada, o maior número de registros, até está terça-feira (6), é do Paraná, com 108 casos. Dividindo a terceira posição estão Mato Grosso e o Rio Grande do Sul, com 36. No país, são 277, distribuídos em 11 unidades da federação.
Em Mato Grosso do Sul, todos os casos de ferrugem foram confirmados em janeiro. O primeiro registro comprovado foi o de uma lavoura comercial, em Dourados, no dia 2 de janeiro. O foco foi localizado em uma área cultivada na primeira quinzena de novembro e os exames que atestaram a presença da ferrugem foram feitos pela Fundação MS.
Desde então, foram registrados focos em outros 13 municípios. Confira a distribuição:
Maracaju, que tem a maior área cultivada com a oleaginosa e também o maior produtor de grãos do estado, é, até o momento, também o município com a maior quantidade de registros da doença, 11.
Na safra 2016/2017, Mato Grosso do Sul registrou 64 focos da doença, o que representou uma retração de 8,6% frente aos 70 do ciclo anterior.
O que é a ferrugem asiática
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ferrugem é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura e pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura.
Plantas infectadas apresentam desfolha precoce, comprometendo a formação e o enchimento de vagens, reduzindo o peso final dos grãos. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.
*G1 MS