A Justiça de Água Clara, a 192 quilômetros de Campo Grande, bloqueou bens e conta bancária do ex-presidente da Câmara Municipal Valdeir Pedro Carvalho (PSDB). A decisão atende a um pedido do Ministério Público Estadual (MPE-MS) que inclui quatro empresas e um contador, totalizando R$ 119.042,64.
Por telefone, Valdeir conversou com a reportagem da TV Morena e negou as acusações. O ex-vereador disse que vai recorrer da decisão judicial, ressaltando que todas as medidas tomadas, durante a sua gestão, tiveram aval jurídico da Câmara.
Conforme a decisão judicial, foram bloqueados R$ 85.442,64 do ex-presidente e do contador, R$ 19.200 de uma empresa e R$ R$ 14.400 referente a outra empresa.
O ex-vereador é investigado por suspeita de irregularidades durante o período que esteve a frente da presidência do legislativo, em 2012. O promotor Paulo Henrique Mendonça de Freitas aponta falcatrua na locação de um veículo sem processo licitatório e contratos devidos, além da doação de um carro de propriedade da Câmara à prefeitura.
As contratações fraudaram as regras legais e houve direcionamento de valores a agentes públicos de forma indevida. Valdeir levou multa de R$ 85 mil.
Outro bloqueio
Recentemente, em outro pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a Justiça bloqueou R$ 800 mil em bens do prefeito de Água Clara, Edvaldo Alves de Queiroz (PDT), e mais 8 pessoas – entre elas sócios de três empresas e funcionários públicos. A suspeita é que houve fraude na licitação para a contratação de assessoria jurídica para o município, em 2012.
O G1 tentou contato com a prefeitura, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
O valor bloqueado será destinado à prefeitura em forma de multa pelo ato de improbidade administrativa. Além do prefeito, um ex-secretário municipal de Administração e Finanças, um presidente da Comissão Permanente de Licitação do Município, assim como os empresários, estão sendo investigados.
Segundo o MP, o próprio representante de uma das empresas confessou ter recebido R$ 55 mil pelos serviços de assessoria e consultoria realizados à prefeitura.
G1 MS