Cooperativas de produtores ganharão benefício tributário e voltarão a brilhar
Depois de uma chuva de elogios de associações de produtores em função das novas leis tributárias impulsadas e aprovadas pela administração Trump nos Estados Unidos, a grandes tradings internacionais, que costumam ter sede no país, protestaram contra a nova legislação. Outro setor que se sentiu prejudica foi a indústria de etanol.
Antes da nova legislação tributária, empresas privadas, cooperativas ou firmas de capital abertas tinham praticamente condições iguais para a manipulação e o fornecimento de grãos para diversos agentes da cadeia de comercialização. Mas agora gigantes como Archer Daniels Midland, Bunge e Cargill tem seus negócios ameaçados. Uma lei da reforma aprovada em Dezembro dá uma grande dedução de impostos aos agricultores que venderem sua produção a cooperativas agrícolas. Com isso, as tradings temem que os produtores não aceitarão mais vender para elas.
A proposta foi ideia de dois senadores republicanos: John Thune, da Dakota do Sul, e John Hoeven, da Dakota do Norte. A Cargill reclamou que o trecho foi acrescentado à reforma no último minuto e está avaliando seu potencial impacto. Já a rival ADM, que também produz etanol, afirmou que está availando uma potencial solução. A nova lei dá direito a deduzir até 20% de impostos das vendas realizadas às cooperativas.
“Isso vai nos colocar fora do mercado como uma empresa privada se nada mudar”, afirmou Doug Bell, presidente e gerente geral da Bell Enerprise, que opera “elevadores de grãos” no Centro de Illinois.
“Os produtores já não tem nenhum motivo para fazer negócio conosco”, acrescentou Bell.
Por outro lado, para os produtores a lei é vista como uma explosão de rentabilidade. Alguns agricultores já se aproveitaram de imediato da lei e venderam os seus estoques para as cooperativas locais. Também foi registrado um enorme interesse na abertura e crescimento de cooperativas agrícolas.
“A vantagem de um produtor vender a uma cooperativa do que vender para uma empresa privada chega a até cinco vezes”, afirmou Paul Neiffer, contador da CliftonLasonAllen em Yakima, estado de Washington, que recebeu centenas de e-mails nos últimos de companhias privadas desesperadas com a nova lei.
Por: Agrolink –Leonardo Gottems