Esclarecimento Apabor sobre caso nematoide

A Associação Paulista dos Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor) ressalta que não há motivos para alardes sobre o nematoide em seringais

A diretoria técnica da Associação salienta que não existem fundamentos que justifiquem a criação de pânico entre os produtores de borracha acerca da praga nematoide. Isso porquê, conforme explica César Savoia, diretor técnico da Apabor, ainda não se sabe se as doenças encontradas em plantas da região – como mencionado em algumas divulgações – são mesmo decorrentes do nematoide. Tudo leva a crer que sejam doenças provenientes de fungos (chamadas doenças fúngicas) e não relacionadas ao nematoide. “Qualquer solo tem nematoide, em qualquer lugar do Estado, mas sem ocorrências de danos econômicos ou perda de produção”, salienta Savoia.

Dessa forma, a Apabor não classifica o nematoide como uma praga limitante para a cultura da seringueira. Além disso, a entidade acompanha essa temática e possui profissionais capacitados, com parecer técnico, que não identificaram, até o momento, problemas que tornem a praga limitante para o cultivo de seringueira. “Temos trabalhos com mais de 10 milhões de árvores e não houve diagnóstico de que o nematoide seja limitante ou precise de controle químico ou biológico para que a planta se desenvolva perfeitamente”, completa Savoia.

De acordo com Diogo Esperante, diretor executivo da Apabor, é precipitado causar alardes e preocupação aos produtores. “Em mais de 50 anos de heveicultura no Estado de São Paulo, nunca tivemos relatos de morte em seringal devido ao nematoide. É preciso ter cautela para falar desse assunto para que não se propague um cunho sensacionalista e amedrontador, que não é condizente com os estudos e à realidade”, disse Diogo.

A Apabor evidencia ainda que disponibiliza aos seus associados convênio com especialistas em análise de solo e não descarta a importância da nutrição e correção do solo para uma produção saudável. A Associação fica à disposição para prestar esclarecimentos técnicos e combate veementemente divulgações irreais e sem o intuito de instruir os produtores e demais participantes da cadeia produtiva de borracha natural.

Salientamos que o posicionamento da Apabor é baseado em informações técnicas cedidas pelo Comitê Técnico Apabor, composto por 9 engenheiros agrônomos do Estado de São Paulo, que acompanham mais de 80% dos seringais paulistas e, também, em outros estados.

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