O PMDB mudou a estratégia para definir o nome do candidato a governador do partido para o ano que vem. Até então, o grupo político tinha até dia 20 de dezembro para que o ex-governador André Puccinelli se posicionasse a respeito. Mas, após sua prisão, os planos tiveram de ser alterados. A sigla aguarda até o fim de fevereiro para lançar um nome na disputa.
A confirmação é do prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (PR), que ingressará na legenda hoje e tem sido cotado como plano B dos peemedebistas.
“A princípio, o André continua sendo candidato de todo mundo. Vou como companheiro de partido e respeitando a candidatura dele. Se a qualitativa e quantitativa lá na frente identificar que o André tem dificuldades, eu surjo no segundo plano”, assegurou.
Com isso, ele também descarta o convite de ir para o PP, de Alcides Bernal. O ex-prefeito se reuniu com Waldeli para tentar convencê-lo a entrar na disputa ao governo pelo partido. “Agradeci o convite. Dia 2 me filio ao PMDB. O Bernal me ponderou que está andando no Estado todo e que deveria ir com ele porque tenho grandes chances de ganhar a disputa”.
Para Waldeli, o cenário “novo” após a prisão de André Puccinelli fez com que todos refletissem. “Temos de analisar em pesquisa se isso fez um cenário positivo ou negativo. Foram dados mais 60 dias para tomar essa decisão com segurança e também é a data em que o Reinaldo Azambuja (PSDB) vai tomar uma posição”, disse, referindo-se ao prazo, no fim do Carnaval, que o governador tem declarado para anunciar se tentará a reeleição.
Na visão do prefeito de Costa Rica, se o tucano sair candidato, o PMDB terá de repensar o nome de André. “Talvez, com os dois sendo candidatos, um terceiro ganharia a eleição, porque a classe política se dividiria. São dois expoentes fortes que teriam muita possibilidade de dividir votos”, justificou. Enquanto a indefinição reina, cada um dos virtuais candidatos vai correndo contra o tempo e tenta usá-lo a seu favor.
Se antes Waldeli já anunciava que brigaria pela vaga a partir do dia 1º de janeiro de 2018 para tentar fazer uma boa campanha, agora ele tem visto a escassez de tempo como algo positivo.
“Até fevereiro, teremos mais mídia, mais companheiros políticos, mais pessoas defendendo a minha candidatura ou a dele, não importa. Perderei tempo por um lado, mas a candidatura nasceria num cenário mais favorável”.
GABRIELA COUTO correio do estado