Em artigo publicado na edição de Abril da Revista Campo & Negócios Grãos, ele ressalta que a introdução das subespécies específicas de Bt para controle do gênero de lagartas Helicoverpa “tem eficiência de alto controle, devido às endotoxinas do grupo de proteínas Cry que afetam a lagarta após a ingestão”.
“Dentre as subespécies de Bacillus thuringienses, destacam-se no controle de lagartas a subespécie Kurstaki e Aizawai, que possuem genes Cry1, que por sua vez codificam proteínas tóxicas para o controle desta lagarta. Estas proteínas chamadas Cry produzidas por estas subespécies de bactérias possuem diferentes efeitos inseticidas”, destaca o especialista da Integrada Cooperativa Agroindustrial.
Oliveira explica que, uma vez ingerido pela lagarta, o “Bt promove a destruição do seu trato digestivo, infecção interna generalizada, paralisação alimentar e, consequentemente, a morte da lagarta. Já há alguns anos ocorre a importância crescente de B. thuringiensis como bioinseticida, o que fez com que nas últimas décadas tenham sido reforçadas as investigações por todo o mundo, tornando-se, provavelmente, o grupo dominante do mercado de bioinseticidas”.
O pesticida biológico Btcontrol, produzido pela empresa Simbiose Agro, registrou eliminação total da população da lagarta nos estágios larvais (L1, L2 e L3) até o 4° dia após a aplicação dos tratamentos. O resultado foi confirmado no laboratório de Entomologia da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG), na cidade de Goiânia-GO.
“O BtControl apresenta na sua composição, além do esporo da bactéria (Bacillus. thuringiensis Kurstaki), um complexo de toxinas (Cry2Aa, Cry1Aa, Cry1Ab e Cry1Ac) formando um cristal que, dependendo do inseto (lagarta), pode matar em algumas horas após sua ingestão”, diz o diretor presidente da Simbiose Agro, Marcelo de Godoy Oliveira.