Figueirão tem 1º júri popular ao condenar a 12 anos acusado de matar colega que se recusou a beber mais

A comarca de Figueirão, município a 246 quilômetros de distância da capital de Mato Grosso do Sul, teve o primeiro júri popular nesta quarta-feira (22) ao condenar a 12 anos um peão acusado de matar o colega de 20 anos a golpes de faca que se recusou a continuar bebendo em uma fazenda.

Além disso, o réu foi acusado de ter ferido a mulher do jovem que tentou impedir os golpes e foi atingida na mão. O crime aconteceu no dia 24 de janeiro de 2016 e teria sido motivado pelo excesso de consumo de bebida alcoólica. Ambos estavam bebendo desde às 18h daquele dia quando a vítima decidiu ir para casa.

O júri foi realizado no plenário da Câmara Municipal de Figueirão, sob a presidência do juiz da Carreta da Justiça, Luiz Felipe Medeiros Vieira. Após duas recusas de jurados tanto pela defesa quanto pela acusação, o Conselho de Sentença foi composto por seis mulheres e um homem, todos habitantes do município.

O acusado foi julgado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil em relação ao jovem e lesão corporal grave da mulher.

Durante a sessão, o promotor de Justiça Douglas Silva Teixeira pediu a condenação do réu pelo homicídio qualificado e pela lesão corporal de natureza grave. O advogado de defesa, Jaquessom Marcelino de Souza, sustentou o reconhecimento do homicídio privilegiado e a desclassificação da lesão corporal grave para culposa.

Por maioria dos votos, os jurados condenaram o acusado pelo homicídio qualificado e o absolveram da lesão corporal. O juiz Felipe Medeiros fixou a pena em 12 anos de reclusão em regime inicial fechado.

Para realização do júri, além da equipe da Carreta da Justiça, outros cinco servidores da comarca de Camapuã foram até a cidade para auxiliar nos trabalhos. Esse foi o terceiro júri realizado pela Carreta. Os outros dois foram realizados em Rochedo e Corguinho.

*G1 MS