O PDT fecha as portas dos grandes partidos para não fazer negociação de aliança. Para complicar ainda mais a situação, as restrições impostas para selar parceria partidária podem provocar a união de forças contra o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira na disputa ao governo do Estado.
As exigências distanciarão do ex-magistrado os partidos de maior peso político e eleitoral, na corrida eleitoral de 2018.
Até o PT, tradicional parceiro dos embates eleitorais em Mato Grosso do Sul, não estará no palanque do juiz Odilon. Alguns ex-petistas, ao se filiarem no PDT, exigiram que não houvesse aliança entre os dois partidos nas eleições. Eles não aceitam estar ao lado do deputado federal José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.
Outros partidos de expressão no Estado estão fora do raio de ação do PDT porque Odilon declarou, na convenção, que não vai dividir palanque com políticos investigados na Lama Asfáltica, Lava Jato e JBS. E essas grandes siglas, de peso eleitoral, são comandadas por políticos respondendo a inquéritos policiais.
É o caso do PMDB. A sua principal liderança, o ex-governador André Puccinelli, antes de ser preso e solto 24 horas depois, estava liderando a preferência do eleitor para voltar a administrar o Estado. Portanto, seria o principal rival do juiz Odilon na corrida eleitoral.
O DEM seria outra agremiação fora da cogitação do PDT, por exigência do juiz Odilon. O PTB, comandado pelo ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad, também não preencheria os requisitos para entrar na aliança dos sonhos de Odilon. O PSDB não encontraria espaço no palanque de Odilon também, por causa das investigações contra o governador Reinaldo Azambuja.
Adilson Trindade – correio do estado