Atenção as pragas e plantas daninhas – é hora de cuidar…..novembro 2017…

A maioria das lavouras de soja na região dos Chapadões já estão emergidas. A atenção agora deve ser redobrada com o controle de pragas e plantas daninhas.

Nestas últimas semanas verificou-se a emergência de muitas plantas de milho “tiguera” (plantas emergidas a partir de sementes da safra anterior). Estas plantas de milho são altamente competitivas por espaço, luz e nutrientes, e devem ser controladas com herbicidas específicos. Outras plantas de destaque são as de amargoso, remanescentes da dessecação ou mesmo que estejam rebrotando, após o manejo inicial. Neste último caso deve-se respeitar o intervalo de aplicações de 20 dias, para o produtor fazer o manejo.

As capturas de mariposas estão altas nesta safra e principalmente nestas últimas semanas. Logo após a emergência muitas das áreas sofreram com o ataque de Helicoverpa armigera. E em função da seca algumas ferramentas de manejo não apresentaram bom controle, devendo ser complementado com pulverizações.

Como esta lagarta muitas encontram-se escondidas em folhas novas muitas vezes, é necessário o produtor realizar boas aplicações, utilizando de gotas finas que tendem a ter melhor deposição, no entanto devem ser obedecidas as indicações de clima. Deve-se também respeitar o tamanho da praga para o melhor funcionamento de determinados inseticidas.

Outra praga que nos monitoramentos da Fundação Chapadão se encontra em alta quantidade, são as do gênero Spodoptera sp. Muitas lavouras que porventura passaram por dias sem chuvas, apresentaram diminuição no estande de plantas em função da presença de S.frugiperda com o hábito de rosca, cortando as plantas rente ao solo. Também foram constatadas lagartas de Agrotis ipsilon cortando as plantas, além de alguns exemplares de Elaphria spp.

As lagartas de Spodoptera frugiperda também foram verificadas em plantas com estádios mais avançados de V4-V6, raspando as folhas de soja. Mesmo em áreas com tecnologia Bt (resistência a determinadas lagartas), apesar de não ser alvo da biotecnologia.

Em algumas lavouras mais desenvolvidas, que já iniciaram a floração, se verificou a presença de ninfas de percevejos na cultura da soja. Uma espécie que vem aumentando nestes últimos anos é o barriga-verde, com presença de posturas já nesta fase inicial. Este fato está ligado e muito a presença de tigueras de milho no meio da soja.

O sucesso do produtor está na atenção com o monitoramento. Nesta fase um bom manejo pode levar a diferenças na rentabilidade do sojicultor ao final. Este ano é um ano diferente dos demais com pressão de pragas superior aos anos anteriores.

Para maiores detalhes os pesquisadores e técnicos da Fundação Chapadão estão à disposição para o manejo das referidas pragas. O nosso telefone para contato é 67.3562-2032.

Fonte: Equipe Pragas e Plantas Daninhas – Fundação Chapadão