As primeiras lavouras de soja na região dos Chapadões já estão emergidas. Nestes primeiros talhões com a soja em início de desenvolvimento, o produtor e seu técnico devem estar atentos ao ataque das pragas iniciais. Apesar de muitos não terminarem toda a semeadura, devem estar monitorando as pragas nesta fase inicial, em virtude de possíveis prejuízos que se ocorrerem são irreversíveis.
Entre as pragas encontradas nestas primeiras semanas de outubro, se destacaram Elasmopalpus lignosellus (Lagarta Elasmo), Spodoptera spp. (Lagarta Spdopotera), Helicoverpa armigera (Lagarta Helicoverpa), Diabrotica spp. (Vaquinhas e Metaleiros), além de alguns percevejos.
Em função do clima adverso, sem a estabilização das chuvas é normal a ocorrência de algumas pragas na região, principalmente a lagarta Elasmo. Deve o produtor atentar que mesmo com estratégias como o tratamento de sementes (TS), o mesmo pode necessitar complementar este controle.
Outras lagartas comuns nos talhões foram Helicoverpa armigera e Spodoptera sp. que neste momento diminuem o estande de plantas, diminuindo o potencial produtivo das áreas. Áreas com palhadas de milheto, crotalarias e ainda algumas com “tigueras” de milho tem apresentado uma frequência de ocorrências superior a 50%.
No programa de monitoramento-armadilhamento da Fundação Chapadão, observou-se que as mariposas de Helicoverpa armigera e Spodoptera frugiperda tem apresentado comportamento semelhante ao ano anterior sem um aumento expressivo, como ocorreu no ano anterior. Vale destacar sem os surtos a praga tem sido encontrado no campo, devendo o produtor monitorar da necessidade de adotar alguma estratégia de manejo.
Nos programas de MIP (Manejo Integrado de Pragas) uma das práticas é eliminar o alimento da praga, desta forma, plantas de milho “tigueras” da última safrinha devem receber esta atenção. Além do milho concorrer com a cultura da soja, por nutrientes, água, espaço e diminuindo a produtividade, ele também é hospedeiro destas pragas citadas anteriormente, além da cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), fazendo a “ponte-verde” no sistema e complicar na safrinha de 2018. Se estas tigueras de milho apresentarem alta quantidade de lagartas pode o técnico necessitar controlar as mesmas, haja visto que podem ocorrer migrações para a soja.
Se o produtor ainda não semeou, uma estratégia que pode fazer a diferença é olhar a presença das pragas, antes da dessecação e semeadura, e se necessário utilizar de algum inseticida, a fim de evitar que estas venham atacar a cultura após a emergência.
Para maiores detalhes os pesquisadores e técnicos da Fundação Chapadão estão à disposição para o manejo das referidas pragas. O nosso telefone para contato é 67.3562-2032.
Fonte: Equipe Pragas e Plantas Daninhas – Fundação Chapadão.