Mesmo que você não tenha filhos, com certeza convive com crianças de 8 e 11 anos, seja uma sobrinha, filho de um amigo ou vizinho. Pois bem, você consegue imaginar uma criança fazendo sexo? E se o sexo for anal?
É difícil de acreditar, mas, foi o que fez Joel Domingues, de 48 anos, conforme a denúncia, com duas irmãs, que moram na zona rural de Coxim. Por conta desses crimes, ele foi preso por uma equipe da DAM (Delegacia de Atendimento a Mulher) na manhã desta quarta-feira (20).
O perfil é de um homem normal, marido, pai, trabalhador e servo de Deus, daqueles que vivem dentro de uma igreja pregando a palavra, mas que não vive os ensinamentos do Senhor.
Os detalhes desse caso servem de alerta aos pais, que devem redobrar a atenção com seus filhos, sejam eles meninos ou meninas. Qualquer mudança no comportamento deve ser investigada, assim como os pais devem estar sempre abertos para ouvir os filhos.
Foi assim que agiu a mãe das vítimas, desde que ficou sabendo que o “amigo” da família estuprava suas duas filhas na semana passada. Segundo a denúncia, a menina mais velha foi estuprada dos 7 aos 9 anos e recentemente ele tentou manter relação com a menina novamente, foi quando o caso veio à tona.
Mesmo sem ter muito conhecimento do que acontecia, ela conseguiu relatar os fatos, disse que no início ele usava o dedo para penetrar na vagina e no anus e depois passou a fazer a penetração com o pênis. A menina mais velha também contou que teve de fazer sexo oral com Joel.
Desesperada, a mãe dividiu a situação com outros familiares que ajudaram na investigação. Uma tia da outra menina, de 8 anos, ficou responsável em conversar com a sobrinha e descobriu que ele também já tinha praticado sexo pelo menos quatro vezes com a criança.
Elas não pensaram duas vezes e começaram coletar provas para denunciar Joel. Num dos áudios, de uma ligação trocada entre ele e uma das vítimas, Joel pede para que a menina não conte tudo que acontecia e prometia que eles não fariam mais nada.
Essa preocupação se deu porque Joel já sabia que a menina tinha contado a família, mas, para ele, uma das vítimas contou apenas que ele passava a mão nela. Até mesmo a mulher de Joel ficou sabendo de parte da história e trocava mensagens com a mãe das vítimas, tentando aliviar a barra do marido.
Desde a semana passada a família vive a angústia de descobrir, denunciar e submeter as filhas a exames que comprovaram toda a denúncia. Você consegue imaginar que uma menina não é mais virgem desde os sete anos? Pois é, esse é o resultado, além do trauma psicológico, que deve ser tratado pela rede que ampara vítimas de estupros.
Nesta manhã o caso teve o desfecho esperado pela família, que já estava no limite, principalmente pelo pai, que pensava em fazer Justiça com as próprias mãos. Na delegacia, Joel não quis falar com a imprensa, vestiu a máscara de coitado enquanto aguardava o interrogatório.
A delegada da Mulher, Sandra Regina Simão de Brito, pede que os pais de crianças que conviviam com Joel conversem com seus filhos, investiguem, e denunciem caso ele tenha feito ou tentado fazer alguma coisa com seus filhos. A denúncia deve ser feita na Delegacia da Mulher, sendo que a identidade das vítimas é preservada.
*Edição MS