O presidente do grupo, Martin Secco esteve em Paranaíba para acompanhar o primeiro dia de trabalho da planta frigorífica. Segundo ele, como as máquinas ficaram paradas por algum tempo foi preciso fazer alguns ajustes e também troca de peças e só com a planta em funcionamento é possível saber onde precisa ser melhorado.
Com relação a decisão de reabrir o frigorífico, Martins destaca o momento vivido pelo mercado do boi gordo, que atualmente está favorável, com boa oferta de animais e era disso que dependia a retomada das atividades.
No total serão contratados cerca de 650 funcionários, e as contratações estão na reta final, algumas pessoas ainda passam por processo de seleção, e a maioria é de ex-funcionários da empresa.
“Voltou a boa oferta de bois e cada dia vemos que está crescendo mais, um momento reverso ao que acontecia quando decidimos fechar. Fizemos uma visita, há uns 40 dias, e vimos que a planta estava em condições de voltar de forma rápida, não tivemos dificuldade nem com a mão de obra, cerca de 80% do pessoal contratado e pessoas que voltou a trabalhar conosco”, disse o CEO do Marfrig Group.
Ao longo da semana a projeção é que o número de animais abatidos seja de 150 cabeças/dia e até o final do ano o número pode chegar até 630 animais, porém, Martin destaca as dificuldades. “Vamos respeitar as condições do mercado, independente de nossa realidade. A planta precisa de um start up e vamos trabalhar para ser o mais competitivo da região”, observou.
A carne produzida em Paranaíba será para consumo interno, pois devido a Operação Carne Fraca, a situação internacional do Brasil, segundo Martin, ficou diferente do que era antes, e alguns países não querem importar carne brasileira, por isso é preciso aguardar.
“O Governo do Estado é muito parceiro, porém a tomamos a decisão e comunicamos eles, e eles ajudaram no que foi possível. Nós nunca involucramos tanto na decisão de fechar ou abrir, acho que o Governo não deveria ser responsável por isso. Esta decisão não está nas mãos deles”, afirmou.