Conab revê estimativa de safrinha recorde em MS e produção deve ser ainda maior, 9,414 milhões de toneladas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reviu para mais a estimativa de produção de Mato Grosso do Sul na segunda safra de milho, também chamada de safrinha ou safra de inverno. Em julho, a previsão era de que o estado colhesse 9,274 milhões de toneladas e no novo levantamento divulgado nesta quinta-feira (10), a projeção foi elevada para 9,414 milhões de toneladas, ou seja, 140 mil toneladas a mais.

Se confirmada essa estimativa da empresa pública federal, a produção da safrinha 2017 vai superar a marca atingida em 2014, quando os agricultores sul-mato-grossenses colheram 9,108 milhões de toneladas do cereal.

Frente a temporada de 2016, quando as plantas foram castigadas pelo clima, sofrendo com o excesso de chuva, com estiagem e por fim, com geadas, provocando uma quebra de 34% na produção, que atingiu somente 6,125 milhões de toneladas, a “safrinha” deste ano deve representar um salto de 53,7% na produção.

No levantamento, a Conab atribui esse crescimento na produção do cereal no estado ao incremento de 5,1% na área cultivada, frente ao ciclo anterior, de 1,665 milhão de hectares para 1,749 milhão de hectares, e de 46,2% na produtividade média, de 3.679 quilos por hectare (61,3 sacas por hectare) para 5.380 quilos por hectare (89,6 sacas por hectare).

No novo levantamento de safra a companhia atribui a alta produtividade no estado as condições climática ideais em todo o ciclo. Ressalta ainda que a geada que ocorreu em meados de julho não afetou significativamente a produção total, apesar do registro de perdas pontuais em lavouras que ainda estavam na fase de “enchimento” de grãos.

A Conab ressalta ainda que até o fim de julho, 45% da área cultivada no estado havia sido colhida e 32% tinha sido comercializada nas modalidades de contratos futuros e pronta entrega. Entretanto, com os preços considerados baixos, alguns produtores decidiram retardar a colheita em muitas regiões produtoras.

Com a possibilidade de uma produção recorde neste ciclo, com parte da soja da safra anterior ainda estocada e uma capacidade estática de armazenamento similar ao volume da produção de milho, muitas unidades armazenadoras, de acordo com a companhia, já estão adotando ou vão utilizar silos-bolsa para guardar a produção.

G1 MS