De repente o espetáculo se encerra. Baixam-se as cortinas. As luzes se apagam. O público vai para suas casas. O mistério começa. Simplesmente, como fumaça, os artistas desaparecem. O circo é abandonado.
Já se passou mais de um ano e os caminhões, trailer, globo da morte, os figurinos e até mesmo a lona que cobria o circo foram deixados para trás na pequena cidade de Douradina, no interior de Mato Grosso do Sul.
Esta é a história do fim do Gran Circo Mexicano. Em Douradina muitas pessoas passam em frente de vasto quintal de uma das vinte casas que ainda restam na Vila Muruim a pouca distância do centro da cidade e não entendem nada daquele cenário de desolação.
Depois de uma temporada de apresentações entre a primavera de 2015 e o verão de 2016 nas cidades da região de Dourados, o Gran Circo Mexicano capitulou em Douradina. Comenta-se na Vila Muruim que os pilotos que se apresentavam no globo da sofreram um acidente e foram embora levando as motocicletas.
Os artistas foram embora e deixaram todo o patrimônio do circo no quintal da casa e se comprometeram a pagar um aluguel mensal no valor de R$ 250,00 para que tudo ficasse “guardado” até que pudessem buscar.
O Gran Circo pertencia a uma família que estava há várias gerações no negócio mas com o passar dos tempos, com a chegada da internet e a proibição do uso de animais nos estábulos começou a perder público e de se definhar.
A empresa que administrava o circo era de propriedade Cecília Nelida Pereyra de Palácios e que segundo informações de moradores de Douradina voltou para seu pais natal a Argentina.
midiamax
Consta na Receita Federal que o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) já foi baixado, o que significa que a empresa não mais existe legalmente.