Alunos da Rede Estadual podem ter férias prolongadas

Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul prometem não iniciar o ano letivo no segundo semestre deste ano, caso o governo do Estado não apresente nova proposta de reajuste salarial que seja de agrado da categoria.

A reunião realizada na sexta-feira (7), entre a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e o governo do Estado terminou sem avanço em relação ao reajuste salarial da Rede Estadual de Ensino.

Depois de declarar que o reajuste seria zero para todas as categorias, o governo do Estado voltou atrás e anunciou no início da semana passada, aumento de 2,94% para todos os servidores. Representantes de sindicatos de diversas categorias já declaram que não aceitam esse percentual.

Em relação aos trabalhadores em educação, o governo continua argumentando a falta de recursos financeiros para cumprir o que rege a Lei do Piso Salarial Nacional, que determina um reajuste da ordem de 7,64%, garantido pela Lei Federal, 11.738, de 16 de julho de 2008 e pela lei complementar estadual nº 200, de 13 de julho de 2015. Essa última legislação integraliza o Piso por 20 horas até o ano de 2021.

Outro aspecto apresentado na mesa de negociação é a incorporação de R$ 200 do abono pago aos administrativos em educação. Uma nova reunião entre o governo e a Fetems foi agendada para esta quarta-feira (12). Se não houver um avanço nas negociações, o ano letivo da Rede Estadual de Educação no segundo semestre pode ficar prejudicado.

As aulas no segundo semestre estavam previstas para começar dia 25 de julho. O presidente da FETEMS, professor Jaime Teixeira, enfatiza que a categoria não aceita o descumprimento da legislação. “Lutamos para fazer valer o que determina a lei. Já temos um indicativo de greve definido em Assembleia Geral para não iniciar o ano letivo no segundo semestre caso o governo não acene com uma proposta para a categoria”, adiantou.

 

 

*JP News