CIENTISTAS trocam laboratório pela enxada e eliminam mudas de soja ‘Tigueiras’ em Chapadão do Sul. ‘Pente fino’ limpou o acostamento da MS-306

Trabalhadores braçais da Fundação Chapadão estão fazendo a capina de plantas de soja “tigueira” que persistem no acostamento na MS-306 e tornam-se vetores de esporos da Ferrugem Asiática. O trabalho é apenas simbólico porque é do conhecimento da entidade que dentro das propriedades a situação é preocupante porque nem todos possuem esta preocupação.  A falta de atenção é um “tiro no pé” do agronegócio porque a cada ano diminui cada vez mais a eficácia dos defensivos aumentando a resistência desta praga em Chapadão do Sul. Cientistas da Fundação também arreganharam as mangas e saem em busca de mudas “teimosas” geneticamente modificadas que tornam-se  propagadoras permanentes de esporos que podem afetar todo o plantio de uma região gigantesca como o Bolsão.

Quando ainda é preciso fazer a conscientização de agricultores é porque a situação é critica em locais onde não há fiscalização adequada do “vazia sanitário” no município e na região. A eliminação dos esporos mobiliza cientistas e a imprensa e está sendo feita pela segunda vez este ano.  A iniciativa já mostrou resultados positivos causando o atraso da chegada da praga. Isso possibilita o plantio de variedades precoces cujo o ciclo escape da ferrugem, criando uma lacuna que pode eliminar os efeitos da praga.

PLANTAS TIGUEIRAS – As plantas tigueras são aquelas que persistem no campo competindo com a cultura sucessora e estão mais resistentes devido à modificação genética. Os agricultores que adotam o sistema de produção que tem a soja seguida do milho safrinha, ambos geneticamente modificados para resistir ao herbicida glifosato, terão um novo desafio: controlar a presença do milho durante a cultura da soja.

VAZIO SANITÁRIO – Os 11 estados mais o Distrito Federal adotam o período sem plantas vivas de soja nas propriedades e o produtor que não cumprir pode sofrer sanções.  O vazio sanitário é um período em que o produtor não pode ter em sua lavoura plantas vivas de soja. A prática é uma das formas de manejo para evitar a ferrugem asiática. O sojicultor que não cumprir com a regra pode, inclusive, ser multado. O vazio sanitário existe atualmente em 11 estados mais o Distrito Federal.

Na soja, o vazio busca reduzir a quantidade de esporos da ferrugem durante a entressafra. Dessa forma, o objetivo diminuir a possibilidade de incidência da doença. O período, que varia de 60 a 90 dias, foi estabelecido considerando que o tempo máximo de sobrevivência dos esporos no ar, que é de 55 dias. (Redação e Projeto Soja Brasil)

fonte chapadensenews