Festa do Divino na Comunidade Quilombola de Santa Tereza é alvo de estudos para tombamento histórico

Para a realização da 108ª edição da Festa do Divino Espirito Santo a comunidade Quilombola de Santa Tereza – a aproximadamente 45 km do centro de Figueirão, na divisa com Camapuã, próximo ao Distrito de Pontinha do Cocho – contou com o importante apoio da Prefeitura Municipal de Figueirão no suporte de logística, mão de obra e melhorias na estrutura e ainda com um reforço especial particularmente feito pelo Prefeito Rogério Rosalin.

Segundo Rogério, a contribuição da Prefeitura, respeitando suas possibilidades e limites, foi feita, como em anos anteriores, buscando valorizar as raízes de todo cidadão da comunidade Quilombola de Santa Tereza e ao mesmo tempo oferecer entretenimento para toda população.

Em especial esse ano, o Prefeito comentou que, juntamente com o vice Prefeito Fernando Barbosa e Denilson Rodrigues, incansável estudioso das tradições daquela comunidade, têm sido alavancado os estudos de viabilidade para que a festa seja tombada como patrimônio cultural imaterial da região.

A contratação de uma equipe de arquitetos para fazer o memorial histórico da festa também foi destacada pelo Prefeito, que acredita que antes do término de seu mandato devam ser concluídas todas as etapas e por fim o tombamento, fato que deve marcar a história da comunidade.

Resultado de uma promessa feita por dona Francelina Malaquias, a celebração é uma manifestação espontânea que festeja um evento cultuado pela Igreja Católica, o Pentecostes, que é a descida do Espírito Santo na forma de línguas de fogo sobre os apóstolos. Com isso, acreditam os cristãos, que eles começaram a falar todas as línguas dos povos a que dirigiam sua pregação em nome de Jesus.

O domingo de Pentecostes é uma comemoração com data móvel, pois acontece cinquenta dias depois do domingo da Páscoa. A Festa do Divino é feita no mesmo dia.

A Programação – A comemoração popular, encerrada com a Chegada da Bandeira às 14h, do último sábado, 03 de junho, foi recebida com grande fervor pelos devotos, foi seguida da Santa Missa, um jantar, agradecimentos e o terço cantado.

Entre os principais atos, dentro da programação, que marcaram a festa após o levantamento do mastro, o ato de acendimento da fogueira, a bela queima de fogos, a apresentação da catira, dança típica do Estado onde o ritmo é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos.

O grande baile com Leilão protagonizado pelas pequenas prendas fez o fechamento do sábado de uma festa que ficou marcada como uma das mais bonitas já realizadas.

Domingo, para fechar com ‘chave de ouro’, aconteceu um grande almoço, leilão de gado e o sorteio dos festeiros para o próximo ano.

Para transcrição da festa e início dos estudos do processo de Registro do Patrimônio Imaterial – que obedece várias fases – estiveram presentes membros da Comissão Sul-Mato-Grossense de Folclore (CSMFL) que, junto à equipe técnica de Patrimônio Imaterial da Gerência de Patrimônio Cultural da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul, fez uma avaliação da Festa junto com a equipe da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS.
*Assecom PMF – Fotos: Hilton Bulhões