Na região de Costa Rica e Alcinópolis, noventa por cento das propriedades já iniciaram a colheita do algodão safra. O ritmo da colheita segue lento, principalmente neste período, onde houve ocorrência de precipitações interrompendo o processo de colheita e queda significativa na temperatura e em todo Núcleo, devido as condições climáticas adversas, os cotonicultores da região suspenderam as aplicações de maturadores e desfolhantes. Entretanto a maioria dos produtores já começaram a realizar o processo de desfolha do algodão. Essas precipitações são atípicas nesta época do ano na região, situação que gera um desconforto aos cotonicultores, pois além de prolongar o ciclo da cultura na lavoura, interfere no aspecto visual da pluma do algodoeiro.
Em relação ao controle e manejo do bicudo do algodoeiro, todos os cotonicultores da região estão empenhados em reduzir a população de bicudo de final de safra. Em algumas áreas mais novas semeadas com algodão safra ainda está sendo realizado o combate localizado do inseto, ações como adicionar inseticida para controle do bicudo no momento da desfolha e no momento da destruição da soqueira e colheita rápida e bem feita, são pontos crucias para a redução do inseto.
O algodão safrinha apresenta bom desenvolvimento e bom potencial produtivo até o momento, o controle de insetos como bicudo, mosca branca e pulgão segue rigorosamente na região. Em relação a doenças a macha de ramulária é a principal doença da cultura, exigindo maior demanda de intervenções químicas, porém tem-se observado um aumento significativo no número de plantas com sintomas de mofo branco (Sclerotinia Sclerotiorum), principalmente nas áreas semeadas com algodão de segunda safra com o espaçamento reduzido. Outra doença que vem aumentando é o Botrytis cinerea, essa doença é causada por um fungo e seu sintoma típico é o aparecimento de um mofo com aspecto acinzentado, no algodoeiro os sintomas são mais nítidos nas estruturas reprodutivas da planta.
Procedimentos para uma Colheita com Qualidade e Segurança
? Não adiantar muito a desfolha para evitar o rebrote que poderá manchar a pluma.
? Após a abertura do algodão colher o mais rápido possível.
? Atenção ao horário de colheita! Não colher com umidade, pois compromete a qualidade da fibra.
? Efetuar as regulagens e limpeza das colhedeiras (limpeza de fusos, dutos, escovinhas e cestos a cada fardo colhido).
? Evitar amarrar as lonas dos fardos com corda sisal, pois poderá contaminar amostras.
? Fazer limpeza das prensas, evitando a presença de óleo, pedaços de mangueira e outros objetos estranhos.
? Não colocar o fundo dos fardos sujos misturados com algodão que está sendo colhido.
? Colher, enfardar e identificar separadamente para o beneficiamento, o algodão colhido em bordaduras, bem como as faixas que apresentem contaminação de plantas invasoras.
? Evitar molhamento dos fardos na lavoura, mantendo lonas em perfeitas condições de uso.
? Impedir a contaminação com restos de comida, plásticos, marmitex e outros objetos estranhos no meio dos fardos.
? Evitar usar sempre mesmo caminho com Bass Boy.
? Providenciar o equipamento de bombeiro.
? NÃO fumar próximo ao local de colheita.
? Ficar atento a focos de incêndio.
? Em caso de incêndio vascular rapidamente o algodão no chão.
? Adotar boas práticas de transporte da lavoura até o beneficiamento, evitando queda de algodão na beira das estradas e rodovias.
AMPASUL