A abertura das festividades da 108º Festa em Louvor ao Divino Espírito Santo, na comunidade quilombola de Santa Tereza, localizada na área rural de Figueirão, foi realizada no sábado, 20 de maio, com muita fé e devoção.
Na programação da festa deste ano teve a tradicional missa, a janta (delicioso churrasco acompanhado da tradicional linguiça no bambu), o Santo Terço cantado, a dança do Catira e o baile com leilão de pequenas prendas e no domingo a Saída da Bandeira com os foliões.
A festa segue a tradição da família Malaquias, que no decorrer dos anos vem cada vez mais se aprimorando e mantendo viva a fé no Divino Espírito Santo. Esse ano os festeiros são Deraldino Candido Pereira e esposa Joana e Luciano Custodio Martins e esposa Maria Aparecida.
O Departamento de Cultura da prefeitura de Figueirão acompanhou as festividades registrando toda a programação, visto que a Festa se tornará Patrimônio Cultural do Estado, através da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul.
A Secretaria de Saúde deu total apoio com uma ambulância à disposição, e com enfermeiros aplicando vacinas e realizando aferição de pressão e testes rápidos.
A Secretaria de Infraestrutura, Agronegócio, Empreendedorismo e Meio Ambiente realizou toda a sinalização de acesso nos trevos, patrolamento na estrada e limpeza nas ruas da comunidade e ainda montagem das tendas.
“É muito gratificante fazer parte desse momento lindo que é essa festa e aproveito para agradecer todos que fizeram doações e apoiaram para que a festa acontecesse”, disse o padre João Alves de Oliveira, Pároco de Figueirão.
Além das pessoas da comunidade e de Figueirão, muitas pessoas de cidades vizinhas participam desta festa. A estudante Letícia Monteiro, da UFMS, estava acompanhando tudo para seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação.
Conforme nos explica a vereadora da comunidade, professora Flávia, esta festa é a parte inicial, da Saída da Bandeira. A parte final da festa acontecerá na Chegada da Bandeira, no dia 3 de junho. “A comitiva a cavalo, com todos vestidos de vermelho e com seus instrumentos, passa durante 15 dias nas fazendas da região, levando seus cânticos e ladainhas, onde são recebidos com todo o respeito e fervor religioso”, disse a vereadora.
Texto: Rubem Vasconcellos
Fotos: Bulhões Digital