Publicado há uma semana no Diário Oficial dos Municípios, o reajuste de 30,17% no salário do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, do procurador-geral, do controlador, do chefe de gabinete do prefeito e dos vereadores de Paranaíba, distante 407 quilômetros de Campo Grande, é investigado pelo Ministério Público, conforme divulgado no diário oficial do órgão desta quarta-feira (17).
O procedimento preparatório nº 06.2017.00000797-0, instaurado pelo promotor de Justiça Ronaldo Vieira Francisco, investiga eventual ato de improbidade dos vereadores na aprovação do índice, considerado muito acima da inflação do período.
A lei ainda institui o 13º para o alto escalão do executivo, de servidores comissionados. O último reajuste dos políticos da cidade foi feito em 2013, quando o então prefeito Diego Robalinho de Queiroz aumentou os salários até 2016.
Com os aumentos, os salários do prefeito passam de R$ 17.990,00 para R$23.417,58; do vice-prefeito de R$ 7.126,25 para R$ 9.276,23 e o dos secretários, de R$ 6.990,00 para R$ 9.098,88.
O prefeito Ronaldo Miziara (PSDB), que está na Marcha dos Prefeitos em Brasília, tentou justificar o aumento afirmando que “há uma defasagem de quatro anos nos reajustes”. O líder do executivo municipal disse, ainda, que enxugou a máquina pública’, diminuindo de 15 para 11 os secretários municipais.
“Na verdade, são dez secretários. Um deles eu cedi. Então, somando todos os salários, mesmo com o reajuste, dá menos do que era gasto antes”, afirmou o prefeito. Na verdade, a soma dos salários dos 15 secretários em um ano gerava um custo de R$ 1.258.200 aos cofres públicos. Com a nova lei, acrescenta-se o 13º salário, gerando um custo maior, de R$ 1.301.139,84.
Questionado sobre o aumento, Ronaldo Miziara afirmou que atualmente os secretários ‘trabalham mais’. “Antes, eles trabalhavam seis horas. Hoje, no mínimo, oito horas. Tem secretário que trabalha dez horas. Nós vamos defender o nosso reajuste”, finalizou o prefeito.
*Midia Max