As mudanças sugeridas pelo governo federal colocam a previdência social novamente em evidência. Entre os possíveis pontos de alteração, estão o tempo necessário de 49 anos de contribuição para receber a aposentadoria integral e a idade mínima de aposentadoria subindo para 65 anos. Muitos brasileiros já fizeram as contas da aposentadoria pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e começaram a pensar em alternativas para o futuro e entre as mais procuradas está a previdência privada.
A busca pela previdência privada tem aumentado a cada mês. De acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), em 2016, os aportes em planos previdenciários tiveram um crescimento de 19,93%, atingindo R$ 114,72 bilhões. A captação líquida, ou seja, a diferença entre o valor de aportes e dos resgates, também apresentou um saldo positivo de R$ 60,83 bilhões no ano passado – o valor representa um aumento 24,14% em relação a 2015.
Para quem pretende optar pela previdência privada, as modalidades mais conhecidas são o PGBL e o VGBL. A primeira é recomendada para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda (IR), pois possibilita que até 12% da renda tributável possa ser deduzida da base de cálculo do IR. Já o VGBL oferece a vantagem de, no momento do resgate, ter a tributação somente sobre a rentabilidade.
Os planos de previdência privada atendem aos mais diversos perfis de investidor, desde o conservador ao mais arrojado. Além disso, é possível aderir à previdência privada em qualquer faixa etária. Porém, quanto mais cedo iniciar esse planejamento, menor será o esforço necessário para acumular uma reserva suficiente para suprir as necessidades no futuro. O Sicredi, instituição financeira cooperativa presente em 20 estados brasileiros e com mais de 3,4 milhões de associados, oferece planos de previdência privada com o valor mínimo de contribuição mensal de R$ 50. E os associados estão cada vez mais atentos a esta solução: no Sicredi, em 2016, a adesão aos planos de previdência privada cresceu 32%, superando a já expressiva marca de 2015 (29%).
É importante destacar que a previdência privada tem o caráter de ser um complemento. Por isso, é necessário manter o pagamento ao INSS, se você já for cadastrado no sistema. É um produto que também pode ser uma alternativa para profissionais autônomos ou freelancers que não contam com uma renda fixa e, consequentemente, com contribuições regulares.
Vale a pena o esforço de poupar um pouco mais agora quando se é jovem e ativo no mercado de trabalho, com foco na tranquilidade do futuro. Afinal, muitas mudanças ainda podem acontecer em torno da previdência social e uma gama cada vez maior de profissionais pode se ver obrigada a trabalhar mais tempo para atingir o benefício máximo pago pelo INSS.
Considere um plano de previdência privada que não vá pesar no seu bolso e faça aportes regulares. Daqui alguns anos, você irá se agradecer pela renda que conquistou para aproveitar, merecidamente, a terceira idade.
Felipe Michels Caballero, Gerente de Produtos – Seguros e Previdência da Corretora de Seguros Sicredi