Professores da rede estadual de ensino de Mato Grosso decidiram, durante assembleia na tarde hoje, aderir a greve nacional da categoria por tempo indeterminado, a partir do dia 15 de março, contra a reforma da previdência. Ontem, professores da rede municipal de Campo Grande já haviam aderido ao movimento.
Conforme o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul (Fetms), Roberto Botareli, no primeiro momento, greve é apenas com relação a reforma da previdência e não tem relação com piso salarial ou negociação com o Governo do Estado.
Reunião entre representantes da Fetems e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) está marcada para amanhã, para tratar sobre o piso salarial. “Vamos tentar o diálogo, porque o governo tem cumprido a parte dele”, disse Botareli, acrescentando que dependendo do que for discutido na reunião, greve pode ser ampliada.
Ainda segundo o presidente, serão usadas táticas surpresas durante a greve e ações serão divulgadas ao longo do movimento. No dia 24 de março, haverá reunião do comando nacional da greve em Brasília, onde serão definidos os próximos passos da ação.
Em todo Estado, 25 mil professores são filiados a Fetems.
Greve geral contra a reforma da previdência foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e sindicatos de vários estados estão aderindo ao movimento.
Movimento pretende mostrar à população o teor da PEC 287/2016, a reforma da previdência, que segundo a CNTE, se aprovada, vai acabar com a aposentadoria no Brasil.
Plano aumenta a idade mínima para mulheres se aposentarem, elevando a 65 anos para todos, acaba com a aposentadoria especial para professores da educação básica e reduz o valor do benefício a que os profissionais segurados têm direito depois da aposentadoria.
* Correio Estado