O governo estadual diz desconhecer quem são os dois auditores fiscais da receita estadual, lotados na Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), alvos da Operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado) na região do Bolsão, deflagrada ontem, segunda-feira (13).
Por meio de nota, a assessoria do governo, pontua que por ora apenas acompanha a evolução da operação, e que a Sefaz oficiou na noite de ontem, ao Gaeco, pedido para ter acesso às informações colhidas pelo Ministério Público, para só então ‘tomar as providências cabíveis’.
“O Governo reitera o apoio incondicional às ações, reforçando o compromisso de combate à corrupção, e se mantém de portas abertas para oferecer o suporte necessário ao MPE”, afirmou a Sefaz, comandada pelo deputado federal licenciado Marcio Monteiro (PSDB), por meio de nota.
Apesar do governo afirmar que não tem conhecimento dos alvos da operação, o Gaeco cumpriu quatro mandados de prisão temporária e seis de condução coercitiva, e entre os alvos estão dois auditores fiscais lotados nas cidades de Paranaíba e Cassilândia, municípios cujas sedes das Agências Fazendárias também foram alvo do MP.
O Gaeco também cumpriu mandados na sede da Secretaria de Estado de Receita e Controle de Paranaíba, bem como em escritórios de contabilidade da região do Bolsão e nas casas dos investigados.
A Operação que além de Cassilândia e Paranaíba também foi deflagrada em Aparecida do Taboado e Chapadão do Sul contou com a participação de seis promotores de justiça e 32 policiais militares.
De acordo com informações obtidas no Portal de Transparência do Governo do Estado, o menor salário de um auditor fiscal do Estado é de pouco mais de R$ 23 mil e, em alguns casos, ultrapassa R$ 52 mil de remuneração fixa.
Midia Max