O adolescente de 17 anos violentado há doze dias por patrão e colega de trabalho em lava jato morreu, por volta das 13h30min, na Santa Casa, depois de sofrer choque hipovolêmico – sangramento contínuo na altura do estômago – seguido de parada cardiorrespiratória.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, equipe multiprofissional da área vermelha realizou procedimento de reanimação por cerca de 45 minutos, sem sucesso.
PIORA
Depois de apresentar melhora, o estado de saúde do menino se agravou na tarde de ontem, quando ele teve hemorragia interna e começou a tossir sangue. Ele foi levado às pressas para fazer exame de endoscopia emergencial que detectou lesão no esôfago. Ele foi, então, transferido novamente para a área vermelha do pronto socorro e passou por novos exames.
CRIME
Há doze dias, mangueira de ar foi introduzida no ânus do rapaz pelo patrão e colega de trabalho em lava jato na Vila Morumbi. O local chegou a ser incendiado. Já em depoimento à polícia, os agressores alegaram que tudo se tratava de uma “brincadeira” e foram liberados logo em seguida.
Perfurações levaram a retirada do intestino grosso do adolescente, que teve quadro estabilizado cinco dias depois do crime. Era ele quem mantinha a família há um mês com o que ganhava lavando carro, pois a mãe não trabalha e o pai tem câncer.
Campanha na internet, criada pelo publicitário Wilame Morais, busca arrecadar recursos financeiros para a família que sofre mais uma vez com o agravamento do quadro de saúde do adolescente.
Texto Correio do Estado