Deputado de MS devolve verba pública gasta em visita a Eduardo Cunha na cadeia

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) declarou nesta terça-feira (31) que está devolvendo aos cofres públicos R$ 1.242,62, referentes a gastos com passagem e hospedagem para visitar o colega peemdebista e ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. A iniciativa do parlamentar deu-se após reportagem do jornal O Globo apontando que teria utilizado verbas indenizatórias para custear a visita no fim de 2016.

Ao Campo Grande News, Marun admitiu os gastos e confirmou o ressarcimento ao erário federal. “Como não é uma coisa ilegal, o gabinete entendeu que caberia e pediu o ressarcimento”, explicou à reportagem. Questionado sobre as novas fases da Operação Lava Jato, que prendeu Eduardo Cunha, e que nesta semana deteve o bilionário Eike Batista, o deputado Carlos Marun prefere ser suscinto: “Que toquem em frente”.

Sobre os gastos com dinheiro público, a justicativa oficial chegou por escrito: “(…) Tendo sido alertado pelo jornal O GLOBO a respeito do assunto, decidi assumir em caráter particular as despesas da mesma (…)”. Conforme a nota, serão devolvidos R$ 1.088,27 referentes à passagens para Curitiba (PR), onde Cunha está preso, e R$ 154,35 em hospedagem.

Para Marun, a devolutiva encerra o assunto. “Considero que isto demonstra a absoluta transparência da Câmara Federal no trato das despesas do exercício dos mandatos parlamentares”. Em tom humorado, o deputado disse que na próxima viagem “avisará a imprensa”, porém ressaltou novamente que se tratava de uma visita de cunho particular, feita no Complexo Médico Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, em 30 de dezembro.

Cunha foi preso preventivamente em 19 de outubro, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato na primeira instância. Nos dois primeiros meses, ele ficou detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, de onde foi transferido para a penitenciária de Pinhais, em 19 de dezembro, onde estão outros políticos envolvidos na Lava Jato, como o ex-ministro José Dirceu.

 

* Campo Grande News